Por volta de 30 alunos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) se reuniram em frente ao Restaurante Universitário (RU) do Campus Curitiba, no Centro da capital, nesta terça-feira, para reivindicar o pagamento das bolsas oferecidas pela universidade. Apesar de as aulas terem iniciado em 29 de fevereiro, os auxílios começarão a ser pagos a partir de 11 de maio, data em que, segundo o edital, será publicada a lista unificada com os alunos selecionados para recebê-los.
Os valores referentes a março e abril deverão ser pagos retroativamente, o que, segundo os estudantes, prejudica aqueles que dependem do dinheiro. “O principal resultado desse atraso é a evasão, sem contar a fragilidade social dos alunos”, afirma o estudante de Engenharia Elétrica Felipe Pinheiro.
Outros atos
Atos também foram organizados nos diversos campus da UTFPR espalhados pelo estado. O objetivo é mostrar a insatisfação de toda a comunidade discente para tentar garantir alterações no modo como o sistema está funcionando agora, principalmente porque a instituição está em período eleitoral.
Na semana passada, os estudantes também fizeram uma manifestação: um “miojaço” em frente ao restaurante universitário. Após o ato, a Assessoria de Assuntos Estudantis prorrogou a vigência do auxílio-alimentação do edital anterior até o fim do mês de abril.
Conforme a estudante de Letras Ana Carolina Spreizner, o pagamento tardio teria sido “institucionalizado” em agosto de 2015, quando uma alteração nos editais de seleção ao auxílio estudantil centralizou o processo seletivo de todos os campus na Assessoria para Assuntos Estudantis, em Curitiba. Com isso, já no segundo semestre do ano passado, os estudantes teriam começado a receber os auxílios apenas em outubro. Ana e seus colegas dizem ainda que um dos argumentos da Reitoria para explicar a situação é que não há pessoas o suficiente para realizar o processo seletivo, mas que teria sido a própria assessora de Assuntos Estudantis e atual candidata à vice-reitora da instituição, Vanessa Rasoto, que decidiu pela centralização.
Reunião
Depois de se reunirem em frente ao RU, os estudantes seguiram até a Reitoria e, no decorrer da tarde, conseguiram uma reunião com membros da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração e da Assessoria de Assuntos Estudantis. Segundo os manifestantes, os representantes da instituição se comprometeram a estudar as reivindicações e discutir posteriores encaminhamentos em uma reunião no dia 13 de abril. Também houve o compromisso de conversar com a Reitoria sobre a prorrogação das bolsas do edital passado e a possível inclusão de calouros nesses pagamentos.
Em nota, a UTFPR disse que as bolsas serão prorrogadas para os alunos contemplados pelo edital do semestre anterior “até que defina o resultado final dos contemplados no edital 2016.1”. A universidade alegou ainda que “os eventuais atrasos de pagamento devem-se ao descompasso de repasses financeiros do governo federal” e que “o número de inscritos no processo de seleção vem crescendo gradativamente, o que exige um esforço redobrado dos servidores para que todas as inscrições sejam minuciosamente analisadas e pontuadas conforme os critérios estabelecidos no edital”.
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