Construir e controlar um robô de verdade é um sonho bem comum entre crianças e adolescentes. Alunos do ensino fundamental da rede municipal de Curitiba conseguiram realizar a façanha. Eles participam de um projeto que oferece aulas de Robótica no contraturno e agora disputarão pela primeira vez da Olimpíada Brasileira de Robótica. Na seleção da etapa de Curitiba, os novatos da Escola Municipal Coronel Durival de Britto e Silva (foto) conquistaram os três primeiros lugares. A etapa estadual será disputada hoje em Londrina.
Durante a prova, os alunos terão de programar um robô para percorrer uma rota e alcançar uma lata de alumínio. A missão é comparada a um resgate real, explica a professora Desirée Lopes. "Esse robô vai ser lançado e vai ter de encontrar um redutor de velocidade, obstáculos pelo caminho, falha de progresso na pista, até identificar a vítima em um ambiente desconhecido", explica a professora.
Aulas
Cerca de 120 alunos já participaram das aulas desde 2006. Os kits usados em sala são comprados da empresa Lego e podem ser usados por crianças a partir dos 6 anos de idade. No primeiro contato, o kit ensina conceitos básicos. No segundo nível, aprende-se a trabalhar com pequenos motores. Na terceira etapa, o kit incluem todos os equipamentos exigidos para participar de uma competição.
Os alunos precisam demonstrar interesse pelo tema e ter disponibilidade de passar cerca de duas horas por dia a mais na escola. Marcos Simões, 13 anos, participa do projeto há três anos e conta que, além de melhorar as notas de Matemática e Física, ele aprendeu a "ser educado, trabalhar em equipe, saber respeitar e ser um cidadão melhor". Na prática, eles aprendem um pouco da linguagem de programação e conceitos de Matemática, como graus e rotações do robô. Pedro Vieira, 11 anos, até já decidiu que profissão seguir. "A robótica pode me ajudar com a engenharia. É o que eu quero ser quando crescer", conclui.
