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Cem dias após o início do ano letivo nas escolas estaduais do Paraná, alunos de uma turma de 7.ª série do Colégio Estadual Homero Baptista de Barros, no bairro Capão Raso, ainda não tiveram uma aula sequer de português e inglês. O motivo, segundo a escola, é a licença médica da professora encarregada das duas disciplinas. "Desde o ano passado ela vem faltando. As faltas dela, que são muitas, ela justifica. E os nossos filhos, que estão sem aula até agora?", indaga uma mãe de aluna, que não quis se identificar.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, quando a escola sabe da necessidade de licença de algum professor, é preciso fazer um pedido no início do ano para que se planeje a substituição do docente, o que não aconteceu no Homero Barros. A diretoria do colégio justificou que, como foram apresentados atestados médicos por períodos de tempo curtos (semanal ou quinzenal), não havia como pedir uma substituição, já que não se sabia quando ela retornaria às aulas.

Segundo os pais, a professora estaria afastada para fazer uma cirurgia de redução do estômago. "Tudo bem se precisava, mas podia ter agendado isso para as férias", diz outra mãe de aluno. A escola não informou detalhes sobre a licença e garantiu que as aulas perdidas serão repostas.

O Núcleo Regional de Educação só tomou conhecimento do fato quando procurado pela reportagem. "Descobrimos que a professora é mesmo faltosa e tem inúmeros atestados médicos. Ela será afastada imediatamente e amanhã (hoje) mesmo será designado outro professor", garantiu a chefe do Núcleo Regional da Educação em Curitiba, Sheila Toledo Pereira. Nem a diretoria da escola nem a Seed forneceram dados da professora para que a reportagem pudesse ouvi-la.

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