Cerca de 200 balões com poesias coloriram o céu do São Lourenço nesta segunda| Foto: Colégio Santa Maria/Divulgação
A expectativa é de que quando os balões caírem, leitores mandem e-mails para os autores com elogios, sugestões e até mesmo outros poemas

Estudantes do Colégio Marista Santa Maria, em Curitiba, soltaram cerca de 200 balões na manhã desta segunda-feira (29) com poesias escritas por eles. A ação faz parte de um projeto desenvolvido na escola, que pretende promover a interação sobre as poesias entre alunos e pessoas que encontrarem esses balões espalhados pela cidade.

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As crianças que participam do projeto têm entre 10 e 11 anos e estão na sexta série. Eles colocaram nos papeis amarrados por barbantes nos balões, além das suas obras poéticas, um endereço de e-mail para que os sortudos que acharem os balões possam entrar em contato e enviar elogios, sugestões ou até outros poemas. Ainda não há informações de que algum dos balões já tenha caído ou sido encontrado por alguém.

Agata Eduarda da Silva, 10 anos, contou que sua poesia tratou do tema da juventude. "Ela dizia sobre a importância da juventude, se ela durava para sempre", refletiu por alguns instantes a menina.

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Segundo ela, escrever poesia não é propriamente uma novidade, já que está acostumada a colocar no papel suas aspirações literárias. "A gente já escrevia bastante na aula de português, não só poesia. Imagino alguém andando que ache a poesia, acho que na maior parte dos casos eles vão mandar e-mail falando se gostaram ou não gostaram", palpitou.

A ação, que ocorreu em frente ao colégio, foi dividida em duas etapas, uma pela manhã e outra a tarde. Pouco tempo depois de cada uma delas, os balões já estavam espalhados e da Rua Professor Joaquim Barreto, bairro São Lourenço, endereço da escola, não podiam mais ser vistos.

Resta agora a dúvida de para onde o vento vai levar os balões com as poesias das crianças. Pode ser que o poema tenha um final feliz e pare nas mãos de algum leitor ou que o balão caia em algum lugar desabitado, como uma mata.

A expectativa por parte dos estudantes é grande, mas a escola relatou que os alunos desde o início já estão cientes de que a resposta pode não vir, o que deve minimizar a frustração no caso de um dos balões for parar na Serra do Mar ou em algum outro rincão isolado.