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Uma bactéria presente provavelmente no arroz servido na noite do dia 24 de junho, no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, em Maringá, foi a responsável pela intoxicação alimentar de 289 crianças e adolescentes. Cerca de 6 mil estudantes participavam do Festival de Artes da Rede Estudantil (Fera), evento promovido pelo governo estadual. Após o jantar – que incluía arroz, feijão e carne de porco –, quase 300 estudantes precisaram ser levados para os hospitais de Maringá, com vômito, diarréia e dores abdominais.

O laudo, concluído ontem pela Vigilância Sanitária do município de Maringá, não aponta com certeza que o arroz foi o alimento contaminado. Como a comida ingerida pelos estudantes que passaram mal já tinha acabado, não foi possível fazer exames em laboratório. "Foi uma comprovação clínico-epidemiológica, feita a partir de relatos das pessoas que estavam no local da refeição", explica o chefe da Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria Estadual de Saúde, Ronaldo Trevisan.

Ele conta que cerca de 700 pessoas (doentes e não-doentes) foram entrevistadas para se tentar descobrir as causas da intoxicação. Ele informa ainda que provavelmente apenas uma parte do arroz estava contaminada e por isso o número de pessoas que passaram mal foi relativamente pequeno.

Trevisan afirma também que a Vigilância Sanitária não tinha sido avisada do evento pela Secretaria Estadual de Educação, organizadora do Fera. "Nós queremos sempre atuar antes, verificando as condições dos alimentos junto às empresas que vão servir as refeições". Na edição do Fera em Umuarama, realizada na semana passada, a Vigilância foi avisada e acompanhou a preparação de refeições durante todos os dias do evento. Nenhum problema alimentar foi registrado.

A empresa que serviu as refeições em Maringá não será multada. A única punição foi mudar o cardápio que seria servido no dia seguinte à intoxicação, por "lanches sem risco microbiológico". "As condições em que a comida estava sendo preparada não estavam tão adequadas como se deveria, senão isto não tinha acontecido", avalia Trevisan.

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