O capitão reformado do Exército Brasileiro Álvaro Ribeiro Trovão completa 100 anos hoje. E cada vez que vão lhe cumprimentar, lembra: "Eu sou Álvaro", com orgulho da longevidade. Em sua trajetória como militar, o paranaense natural de Tomazina teve muitas paragens. Morou em Curitiba, Santo Ângelo (RS), Rio de Janeiro (RJ) e, por fim, Maringá (Norte do Paraná). Nos últimos 40 anos foi assinante da Gazeta do Povo, cuja leitura só foi interrompida nos últimos tempos, segundo a família, por problemas de visão. Mas, ficou a saudade.
Nos últimos meses, quando o avisavam que completaria 100 anos ele se surpreendia: "Tudo isso?" Para Eunice, a mais velha dos três filhos de Álvaro, a receita de tantos anos do pai é consequência, principalmente, de muita caminhada. No Rio de Janeiro, lembra ela, o pai chegava a percorrer de um lado a outro da cidade. Eunice observa também que o pai sempre levou uma vida regrada e sem nenhum vício (fumo, bebida ou jogo). "Nem baralho sabe jogar!", brinca.
De temperamento pacato, porém bastante ativo, Álvaro tem entre seus hobbys um gosto especial pela pintura de madeira à óleo. "Mas, não fez aula, não!", avisa a filha. Aprendeu nos inúmeros livros que comprou nas últimas décadas e que folheava com curiosidade. "Muito criativo!", define Eunice. As pinturas servem para enfeitar as paredes, distribuir entre os filhos e netos e presentear os amigos.
Na união com a esposa Dolores, de 90 anos, Álvaro tem 74 anos de muito companheirismo. O saldo é uma família grande os três filhos, Eunice, Eloir e Eduardo, oito netos e seis bisnetos e unida em prol do cuidado com os pais e avós.
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