O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou nota sobre a operação Castra, desencadeada na manhã desta sexta-feira (4) e que resultou na prisão de líderes do movimento em Quedas do Iguaçu. Para o MST, o objetivo da operação é prender e criminalizar as lideranças dos acampamentos Dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Luta pela Terra. A operação ocorreu nas cidades de Quedas do Iguaçu, Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul, além de municípios do Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Pelo menos seis líderes do movimento foram presos, entre eles o vereador do PT, reeleito com 1037 votos, a maior votação que um candidato a vereador já fez na história de Quedas do Iguaçu. Eles são acusados de vários crimes, como furto de gado, cárcere privado e organização criminosa, entre outros.
Desde maio do ano passado, cerca de 3 mil famílias estão acampadas na área pertencente a empresa Araupel, mas que está sob disputa judicial. Para o movimento sem-terra, a operação desta sexta-feira “faz parte da continuidade do processo histórico de perseguição ao MST”.
Em abril deste ano, dois sem-terra morreram em confronto com a Polícia Militar nas terras da Araupel em Quedas do Iguaçu. “Denunciamos a escalada da repressão contra a luta pela terra, onde predominam os interesses do agronegócio associado a violência do Estado de Exceção”, disse o movimento em nota.
Em nota, o PT os fatos e as informações apresentadas são estranhas. “É preciso que os motivos dessas ações sejam muito bem esclarecidos, a fim de evitar a perseguição de lideranças populares que lutam pelos interesses da comunidade”, reitera o partido. “O PT-PR apoia a luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) por reforma agrária e por um País mais justo e solidário. Também repudia toda e qualquer tentativa de criminalização dos movimentos sociais. Por isso, exige das autoridades competentes um sério e criterioso esclarecimento a respeito dessas operações”, diz a nota.
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