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Profissionais de saúde que tratam de pacientes com o novo coronavírus em todo o Brasil enviaram 2.622 denúncias à Associação Médica Brasileira (AMB) por falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) nas instituições de saúde em que atuam. As informações foram compiladas pela AMB entre 19 e 31 de março. A plataforma recebeu reclamações de médicos e também de outros profissionais.
Entre as reclamações, houve registro de falta de máscara do tipo N95 ou PFF2, luvas, álcool em gel, gorro, óculos ou face shield, capote impermeável, entre outros.
De acordo com a AMB, o objetivo do levantamento é notificar as secretarias municipais e estaduais de saúde, o Ministério da Saúde, o Conselho Federal de Medicina e o Ministério Público sobre esses problemas e cobrar esclarecimentos dos responsáveis sobre a falta dos EPIs.
As 2.622 denúncias foram enviados por médicos e demais profissionais de saúde de 539 municípios. As cinco cidades com mais registros na plataforma foram São Paulo, com 276 denúncias, Rio de Janeiro (155), Porto Alegre (129), Brasília (75), e Belém (63).
Ao agrupar as denúncias por estados, São Paulo teve 900 denúncias por falta de EPIs. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (282), Minas Gerais (271) e Paraná (118).
Os dados completos da plataforma podem ser consultados no site da AMB, onde também há espaço para as instituições citadas enviarem atualizações sobre a situação de suas equipes.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que neste momento há escassez mundial de EPIs, mas que está realizando compras para os profissionais de saúde e também pretende reforçar o apoio a estados e municípios. A alta dos preços foi outro problema apontado pela pasta. Ainda segundo o Ministério da Saúde, a situação deve se normalizar em breve com a retomada da produção na China. Quando isso ocorrer, novamente haverá oferta dos equipamentos, normalização de preços e retomada da compra descentralizada.