A Federação Paranaense de Entidades Ambientalistas do Paraná (Fepam) está com três equipes de biólogos e engenheiros ambientais realizando a coleta de peixes e crustáceos na Baía de Paranaguá. Até agora eles encontraram 1 tonelada de animais mortos. O objetivo da Fepam é emitir um laudo técnico paralelo ao do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) sobre o vazamento de um líquido azul-esverdeado, causado pelo incêndio do armazém da empresa APM/Brasmar na última quarta-feira.
"Nos últimos acidentes ambientais houve enormes divergências entre o laudo do IAP com as entidades ambientais. Para se ter uma ideia, no fim de 2010, quando muitas sardinhas foram encontradas mortas, o IAP disse em seu primeiro laudo que não havia nenhum dano, no entanto recolhemos mais de 20 toneladas de peixes mortos", diz o engenheiro ambiental Juliano Bueno de Araújo, presidente da Federação. Ele informou que o laudo da Fepam, que representa 256 ONGs ambientais, será feito em laboratórios oficiais, de reconhecimento nacional e internacional.
Uma prévia do trabalho deve sair na terça-feira e o laudo definitivo, em 15 dias. "Só de caranguejos mortos no mangue são mais de 500 retirados mortos", conta Araújo.
Assim como o IAP, a Fepam recomenda que nenhum pescado da região seja consumido pela população no litoral. O laudo técnico é que vai determinar o prazo de recuperação das espécies marinhas e a data segura para que pescadores e catadores de caranguejo voltem à ativa.
Empresas
A APM/Brasmar marcou uma coletiva de imprensa para a tarde de ontem, depois do fechamento desta edição, e não quis comentar o trabalho de combate aos efeitos do acidente antes disso.
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