Os comerciantes que trabalham nos 53 quiosques na praia central de Guaratuba terão duas semanas para deixar o local, por causa do plano da prefeitura de padronizar o mobiliário à beira-mar. Construídos sobre tablados de madeira, os quiosques são criticados pelos veranistas, segundo o secretário de Urbanismo, Lúcio Moura. "A população cobra quiosques mais higiênicos", disse.
Como a faixa de beira-mar pertence à União, compete ao Departamento de Patrimônio da União solicitar a retirada, o que já foi feito. A decisão preocupa os comerciantes, que precisam de autorização para continuar trabalhando. "Há quatro anos estamos esperando um projeto de novos quiosques", afirmou o presidente da associação de ambulantes de Guaratuba, Osório Afonso Soares.
Os tablados de madeira foram construídos pelos próprios comerciantes há oito anos e cerca de 200 pessoas dependem deste serviço, segundo Soares. Ele mesmo preferiu investir num novo negócio e tira sua renda de uma bicicletaria. "Criei minha família daquele trabalho", desabafou, referindo-se a seu antigo quiosque.
No entanto, o novo projeto paisagístico esbarra em entraves ambientais e deverá sofrer alterações devido à falta de espaços em determinados trechos de calçadas. "Os novos quiosques não poderão ter o mesmo tamanho em toda a extensão da praia", explicou o secretário Moura. Ainda são necessárias anuências de órgãos ambientais e do Conselho do Litoral.
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