Os amigos do médico Raphael Suss Marques, preso no último dia 25 de setembro suspeito da morte da fisiculturista Renata Muggiati, fizeram uma página no Facebook em apoio a ele. Eles defendem, em depoimentos na página, que o médico não matou a jovem e que ela teria cometido suicídio por causa de problemas de depressão pelos quais ela teria passado antes da morte. Até a noite desta quinta-feira (1), cerca de 400 pessoas haviam curtido a página.
Entre os amigos do médico está o administrador de empresas José Luiz Scheffer, 40 anos. Ele afirma que conhece Marques desde a infância e que, pelo fato de Renata estar com depressão antes da morte, ele acredita que a jovem tenha se suicidado. “Quem sofre de depressão é um suicida em potencial. A pessoa que quer se matar tenta atingir a pessoa que está com ela”, acredita.
Scheffer afirma que “muitas coisas não são ditas” sobre os dias anteriores a morte de Renata. Uma delas, segundo ele, é que a mãe de Raphael teria levado a fisiculturista para tratamento psiquiátrico por causa da depressão. Outra questão apontada pelo amigo de Marques, e já defendida por advogados que estavam no caso antes da prisão dele, é que Raphael tentou ajudar Renata dias antes da morte, quando ela supostamente tentou suicídio ao tomar medicamentos e se trancar no apartamento. “Ela era uma pessoa com dificuldade de aceitar que precisava de ajuda”, acrescenta.
Relacionamento
O administrador confirma que o relacionamento dos dois era conturbado e eles discutiam bastante. “Não posso afirmar nada sobre a agressão. Sei que quando o Raphael bebia ele ficava um pouco agressivo, mas não acredito que ele tenha matado ninguém”, afirma. A Polícia Civil, poucos dias depois da morte de Renata, já havia afirmado ter recebido informações de que o relacionamento dos dois era conturbado. O ex-namorado da fisiculturista, Daniel Abdul, também havia dito para a reportagem da Gazeta do Povo que soube de discussões que os dois teriam no prédio onde moravam.
O caso
Renata Muggiati morreu após cair da janela do apartamento onde morava no centro de Curitiba no último dia 12 de setembro. As hipóteses giram em torno de suicídio ou homicídio. Antes da prisão do médico, ele já havia prestado depoimento sobre o caso, além do ex-namorado de Renata e do advogado Claudio Dalledone, que afirmou ter recebido da fisiculturista fotos em que ela aparecia bastante machucada, supostamente devido à violência causada por Marques.
O médico foi preso após um laudo do Instituto Médico Legal (IML) averiguar que Renata sofreu um processo de asfixia, de um minuto e meio a cinco minutos, que teria causado lesões no pescoço, coração e pulmão dela. O estrangulamento ocorreu antes da queda, conforme afirma o IML. Segundo as investigações, como dentro do apartamento estavam ela e o namorado, ele foi preso como suspeito de ter cometido o ato. A Justiça decretou a prisão temporária dele por 30 dias.
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