Amigos e familiares do ambientalista Jorge Roberto Carvalho Grando, que foi assassinado com outras quatro pessoas em uma chácara em Piraquara, região metropolitana em Curitiba, no mês de abril, realizaram um ato em sua homenagem nesta quinta-feira (26). A data foi escolhida porque hoje o ambientalista completaria 54 anos. Na manifestação em memória de Grando, realizada na Boca Maldita, em Curitiba, também estiveram presentes índios da aldeia Araçaí, de Piraquara, e pessoas ligadas ao movimento ambiental. Cerca de cem pessoas participaram da manifestação.
Crime
A chacina ocorreu no fim da noite de 23 de abril na chácara do ambientalista Jorge Roberto Carvalho Grando, de 53 anos, ex-secretário de Meio Ambiente de Pinhais cidade vizinha a Piraquara e de seu irmão, Antônio Luis Carvalho Grando, de 46 anos. Os dois foram assassinados com tiros na cabeça. O local, um condomínio de chácaras, era dividido entre pelo menos 22 proprietários, que tinham o sonho de viver em um local ambientalmente correto.
Também foram mortos o funcionário da Sanepar Albino Silva, de 39 anos, o empresário Gilmar Reinert, de 50 anos, e o agente penitenciário Valdir Vicente Lopes, de 49 anos. Os dois últimos negociavam a compra de lotes para viver no local.
A polícia ainda não descartou as hipóteses de latrocínio (roubo seguido de morte), vingança, e outras duas que ele prefere manter em sigilo para não atrapalhar as investigações. Nenhum objeto parece ter sido levado, mas, como a casa estava totalmente revirada, a polícia acredita que os criminosos estavam em busca de dinheiro. A suspeita é de que os irmãos Grando guardavam na chácara o que era arrecadado com a venda dos loteamentos (a área pertencia a eles há pelo menos duas décadas).
A polícia já tomou o depoimento de oito pessoas, inclusive de dois suspeitos de participarem do crime. Os homens prestariam serviço a Grando - um seria mecânico e outro caseiro. Ambos negaram participação no crime.
Polícia Federal
Um grupo de ambientalistas se reuniu na quarta-feira (27) com o superintendente interino da Polícia Federal (PF) no Paraná, delegado Rosalvo Ferreira Franco, para que a instituição acompanhe toda investigação da chacina de Piraquara, que vitimou cinco pessoas, na semana passada. Entre as vítimas estava o ambientalista Jorge Grando, 53 anos. A PF informou que não vai atuar no caso, mas deve acompanhar de longe o andamento das investigações.
Entre as preocupações do grupo estão represálias a grupos que combatem a depredação do meio ambiente e a possibilidade da chacina ser um recado. O deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná, Tadeu Veneri (PT), foi à PF junto dos ambientalistas. Ele também pediu uma reunião com o secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, para discutir a investigação sobre a chacina.
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