Terá uma cara de elixir para vários males o chamado PAC da Saúde, a ser lançado em breve pelo ministro José Gomes Temporão. Enquanto sua pasta e a área econômica disputam cifras para garantir a iniciativa, o ministro arremata as propostas, desde a promoção à saúde até a nova distribuição de recursos e de funções entre municípios, estados e governo federal. A proibição de venda de bebidas alcoólicas nas estradas e a restrição à propaganda desses produtos devem constar do programa, que terá recursos para qualificar profissionais do setor e campanha de incremento às ações de saúde escolar. Se saírem os R$ 36 bilhões estimados para seis anos, haverá ainda um plano de investimentos na ampliação da rede do SUS.

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Junta – José Temporão festeja a presença de dois médicos como ele no comando do Congresso. O ministro vê na parceria com Arlindo Chinaglia e Tião Viana a chance de conseguir da equipe econômica mais recursos para a saúde. O trio ganhou o apelido de "Médicos Sem Fronteira".

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Rol – O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) arrolou duas testemunhas no caso das rádios. Uma é o juiz que cuida de ações contra João Lyra, o autor da denúncia de uso de laranjas. A outra é Teotonio Vilela Filho. O PSDB tenta dissuadir o governador de se meter nesse vespeiro.

Escudo – Senadores se articulam para reagir à tentativa de intimidar o servidor Marcos Santi com uma sindicância na Mesa. "As denúncias dele têm de ser apuradas no Conselho de Ética, no âmbito dos processos, e não em nenhuma sindicância feita com o claro propósito de acuar o rapaz", diz o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Nem vem – O PMDB não terá apoio do governo nem do PT se deflagrar a sucessão da presidência do Senado antes da votação da CPMF. Teme-se que o partido cruze os braços se sentir que estão usurpando o que julga ser prerrogativa sua – o cargo de Renan.

Feliz 2008 – Palacianos articulariam a sucessão no recesso e a eleição seria em fevereiro. Em troca, garantiriam ao PMDB que Tião Viana (PT-AC) é carta fora do baralho.

Bicadas – Do deputado alckimista Vanderlei Macris (PSDB-SP) sobre o lançamento da candidatura de Gilberto Kassab à reeleição pelo secretário das subprefeituras, o também tucano Andrea Matarazzo. "As eleições são assuntos discutidos no PSDB com cuidado e responsabilidade. Foi um desserviço, pois levou em conta interesses pessoais e não partidários".

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Vamos lá – O ex-deputado Airton Soares, membro do Conselho de Administração da Infraero, diz que estará à disposição do Ministério Público para prestar esclarecimentos tão logo o conselho aprove seu relatório sobre irregularidades na empresa – que, à diferença da investigação da CPI do Senado, não tem foco exclusivo na gestão do petista Carlos Wilson.

Premiado – Sorte tem o brigadeiro J. Carlos. Foi diretor de Operações na gestão de Carlos Wilson na Infraero, depois presidente no auge da crise e, mesmo assim, não será nem sequer incomodado pelo relatório da CPI do Senado.

Sem chance – As senadoras Kátia Abreu (DEM-TO) e Roseana Sarney (PMDB-MA) comentaram com a mulher do ministro Nelson Jobim (Justiça), Adriene Senna, que ela tinha "jeito para a política". "De jeito nenhum!", cortou a ex-presidente do Coaf.

Outra prévia – Ciro Gomes (PSB-CE), relator do projeto que cria o Fundo Brasil de Cidadania, debate a questão da renda básica durante o lançamento do livro "Um Notável Aprendizado", do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), hoje, às 18 h, na Livraria Cultura da Avenida Paulista, em SP.

TIROTEIO

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* Do deputado Doutor Rosinha (PT-PR), sobre a articulação dos deputados aliados Devanir Ribeiro (PT-SP) e Carlos William (PTC-MG) para aprovar no Congresso o direito a um terceiro mandato presidencial para Lula em 2010:

– Eu acho que isso aí é vontade pessoal de ambos. Dentro do PT não há definição a respeito e Lula não quer um terceiro mandato.