Brasília A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou ontem a proibição da venda de passagens aéreas para vôos que partem de Congonhas (SP). O objetivo é garantir o embarque dos usuários que já possuem bilhetes comprados.
O restabelecimento da venda de bilhetes para Congonhas estará condicionado, segundo a Anac, à volta à normalidade do fluxo de passageiros. "Qualquer vôo que passar em Congonhas, quem não tiver bilhete e quiser comprá-lo, não poderá fazê-lo mais", disse o presidente da Anac, Mílton Zuanazzi. Ele estima que as operações nos principais aeroportos do país voltem à normalidade em 48 horas.
O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, admitiu ontem que o sistema aéreo brasileiro vive uma situação "caótica" com sucessivos atrasos e cancelamentos de vôo em todo o país. "Quando você tem mil passageiros com vôos cancelados e, no dia seguinte, a mesma empresa tem que transportar outros mil passageiros, é óbvio que teremos um acréscimo de passageiros. Se a situação permanecer, teremos situação caótica", afirmou.
Pereira disse que o governo "já tomou as medidas cabíveis" na tentativa de minimizar os efeitos da crise desencadeada após o acidente com o Airbus-A320 da TAM, na terça-feira passada. O acidente deixou cerca de 200 mortos.
Segundo o brigadeiro, a Infraero trabalha para liberar a pista principal do terminal de Congonhas que está interditada desde o dia do acidente para reduzir os impactos desse fechamento no resto do país.
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