Dez animais (um deles taxidermizado e os demais conservados em álcool), uma caixa com insetos e uma colônia de corais que haviam sido retirados do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em São Cristóvão (zona norte do Rio), foram recuperados pela Polícia Federal, que apreendeu o material em São João de Meriti (Baixada Fluminense), na casa de um professor, no último dia 27. Ele deveria ter devolvido as peças em julho.

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Os animais integram o acervo do museu que fica à disposição de professores e pesquisadores. Segundo a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico, o material foi retirado em julho por um professor autorizado a ficar com o material por sete dias. Como ele não devolveu no prazo, o Museu acionou a Polícia Federal, que localizou o professor.

O homem contou que usou as peças (pinguim, morcego, cavalo marinho, escorpião africano, lagosta, cobra verde, gambá, sapo, polvo, estrela do mar, insetos e colônia de corais) para dar aula a um grupo de alunos de Educação Infantil. Após a aula, o material estava em seu carro quando o veículo, estacionado, foi atingido por outro. A colisão fez com que a caixa onde estavam os insetos se quebrasse. O professor alegou à polícia que pretendia substituir a caixa antes de devolver as peças e por isso não cumpriu o prazo de entrega.

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Segundo a delegacia, o professor é investigado por estelionato, porque a denúncia inicial indicava que ele teria mentido ao se apresentar como professor. Mas o homem comprovou ser professor e ter ministrado a aula usando as peças. Por isso, pode ser que não seja indiciado, caso a delegada responsável pelo inquérito conclua que ele agiu sem a intenção de enganar o museu. O inquérito deve ser concluído no início de fevereiro.