• Carregando...
Vídeo: | Reprodução RPC TV
Vídeo:| Foto: Reprodução RPC TV

Como lidar com a invasão de animais estranhos à fauna local e o que fazer para impedir que as espécies invasoras provoquem desequilíbrios no meio ambiente? Esta é a questão que deve dominar as palestras e os debates no 1.º Encontro sobre Animais de Estimação Invasores, amanhã, na Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), em Curitiba.

Na ocasião, serão definidos os termos e a formalização do 1.º Código de Conduta Voluntário (CCV), que irá tratar de invasões biológicas relacionadas à fauna e biodiversidade e nortear as atividades que envolvem animais, buscando a preservação das espécies locais.

O CCV começou a ser discutido no ano passado por um grupo de criadores de animais comerciais, veterinários, representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), antecipando-se aos esforços do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) de regulamentar a criação de animais silvestres e de estimação.

A estudante de Veterinária da UTP, Daniele Romais, que participará do evento, cita o exemplo de Curitiba, onde há várias espécies desequilibrando o ecossistema. "Por exemplo, no Jardim Botânico estão soltas várias tartaruguinhas da espécie tigre d’água, originária da Califórnia. Esta tartaruga compete com a espécie local vinda do Rio Grande do Sul. Como é mais forte, acaba se misturando à nativa e a torna híbrida, sobrepondo suas características a ela", explica.

Daniele acredita que os clientes de aviários e pet shops devem ser orientados pelos vendedores dos perigos que a soltura de animais pode provocar. "Através da conscientização dos vendedores podemos chegar ao público. As pessoas precisam saber que não devem soltar os animais, pois muitos não são originários da região. Se não puderem criá-los, que façam a doação para o Ibama".

A coordenadora do Núcleo de Fauna do Ibama, Eunice de Souza, cita outro exemplo de animal que prejudica a estrutura ecológica local. "O macaco sagüi, encontrado no Parque Barigüi, infecta os macacos nativos com doenças, além de ser portador do vírus da raiva".

O encontro é uma iniciativa da The Nature Conservancy (TNC), Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Coordenação Geral de Fauna – Ibama, Grupo Fowler, Clínica Vida Livre, UTP, IAP, Emater, Petshop Bicho Locko, Cinemática Produções Audiovisuais, Clínica Companhia Animal, Criadouro Comfauna e Mundo Selvagem Parque da Natureza.

Serviço: O 1.º Encontro sobre Animais de Estimação Invasores ocorre amanhã, das 8h45 às 18 horas, no câmpus Barigüi da UTP, no 4.º andar do bloco C (Rua Sydnei Rangel Santos, 238, no bairro Santo Inácio).

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]