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A Anistia Internacional receberá na próxima sexta-feira o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), que pedirá o indiciamento de 226 pessoas, entre elas um deputado estadual, sete vereadores, 67 policiais militares, oito policiais civis, três bombeiros, dois agentes penitenciários e dois militares das Forças Armadas. A Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) assumirá o serviço do Disque-Milícia, criado durante a CPI, que recebeu cerca de 1,2 mil denúncias.

Ao fim dos trabalhos, os deputados reconheceram que o universo investigado é menor que a área dominada por paramilitares, cuja atuação avança para o interior do Estado. "Há uma responsabilidade nos últimos governos municipais e estadual pela omissão que permitiu o crescimento assustador deste fenômeno que ameaça o estado democrático de direito", acusou o presidente da CPI, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).

O deputado cassado e ex-chefe de polícia Álvaro Lins é o primeiro da lista com pedido de indiciamento. O relatório recomenda a cassação do deputado estadual Natalino José Guimarães (DEM), e de seu irmão, o vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho (PMDB). A CPI também defende a cassação dos vereadores Nadinho de Rio das Pedras (DEM), André Ferreira da Silva (PR) - conhecido como "Deco" -, Geiso Turques (PDT) e Chiquinho Grandão (PTB).

A CPI não pediu o indiciamento do deputado estadual Jorge Babu (PT), acusado de envolvimento com milicianos. O relator Gilberto Palmares (PT) negou qualquer pressão e informou que a Corregedoria da Alerj acompanhará a investigação contra Babu no Ministério Público. A CPI pedirá que sejam indiciados ainda os vereadores eleitos Carminha Jerominho (DEM), que chegou a ser presa, e Cristiano Girão (PMN). A CPI também encaminhou ao Ministério Público Eleitoral as denúncias do Disque-Milícia contra o irmão de Babu, o vereador eleito Elton Babu (PT).

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