Ainda que a teologia ignore a maioria dos símbolos natalinos, como defende o professor da PUCPR Cesar Leandro Ribeiro, a tradição acabou atribuindo significados para cada um deles. Confira os principais:
Presépio
Tradição atribuída a São Francisco de Assis, no século 13, retrata o momento exato do nascimento de Cristo, com Maria, José, os pastores e os Reis Magos. É a dimensão simbólica que mais marca. Trata-se de uma devoção popular, sem sentido litúrgico, uma fotografia do momento, explica Ribeiro.
Guirlanda
É composta de pequenos ramos verdes, com quatro velas ao centro, que devem ser acesas a cada domingo do Advento. "O momento é acompanhado da oração da família reunida", ensina o teólogo Robert Rautmann. Segundo Ribeiro, o Advento significa chegada, mas é caracterizado pela espera.
Maria grávida
Símbolo expressivo nas igrejas, a figura de Maria que espera o Menino Jesus representa a concepção, a anunciação do Anjo. "O Natal começa ali. Esse simbolismo é litúrgico e forte. O retrato de Maria que se põe a caminho prefigura o Menino, que será levado para todos os cantos", detalha Ribeiro.
Árvore
Símbolo mais conhecido, sua origem como imagem natalina remonta ao século 16 e provém do norte da Europa, segundo Rautmann. "Árvore resistente aos piores invernos, o pinheiro simboliza a esperança em Cristo que vence todo desespero e morte."
Bolas
Como os demais enfeites que colocamos sobre a árvore, representa os bons frutos (as boas ações) que podemos realizar se estivermos unidos a Cristo, lembra Rautmann.
Velas e luzes
Fazem memória do que o próprio Cristo disse em João 8,12: "Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas", explica o teólogo.
Presentes
Trocados na noite de Natal, lembram a visita que os Reis Magos fizeram a Jesus, Maria e José. "E lembram, principalmente, que Jesus é o grande presente que o Pai nos deu", reforça Rautmann.
Ceia
Em vários momentos da vida de Cristo, ele se reuniu com aqueles que amava, inclusive, os pobres e os pecadores, para fazer a refeição. Na visão do professor de teologia, é isso que simboliza a ceia. "Em que todos têm lugar, e as desavenças são perdoadas".