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Litoral

Antonina faz carnaval democrático

Batel cantou os Franciscos do Brasil, inclusive o diretor-presidente da Gazeta, Francisco Cunha Pereira | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Batel cantou os Franciscos do Brasil, inclusive o diretor-presidente da Gazeta, Francisco Cunha Pereira (Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo)

Na Avenida do Samba em Antonina, até o cachorro é bamba. Entre centenas de foliões que foram às ruas para assistir ao desfile das escolas de samba na noite de domingo, Popó, 14 anos, destacava-se do alto de uma pequena cadeira acoplada à bicicleta de seu dono, Celso do Carmo. Fantasiado da cabeça às patas, o cachorro vira-lata ostentava um vestido dourado de paetês, óculos escuros e até um par de chifrinhos cor-de-rosa fluorescente. Mais fantasiado que muitos foliões.

Do Carmo conta que o cachorro é seu parceiro de carnaval desde o primeiro ano de vida. "Ele é mais carnavalesco que eu. Ele gosta das fantasias. Fica bem comportado na cadeirinha, mas depois pula e vai brincar com as pessoas."

Incluir os moradores de quatro patas na folia não é hábito exclusivo dele: todos os anos, muitos cachorros de rua ganham abadás customizados e outros tantos acompanham seus donos devidamente paramentados; sem contar aqueles que desfilam ao lado dos carros alegóricos das escolas de samba, de uma ponta da avenida à outra.

Os dias de festerê em Antonina são assim, democráticos. Muitas crianças pequenas, famílias e idosos vão às ruas para curtir o carnaval. Sentado sobre uma almofada em um banquinho de plástico, seu Azonil Martins da Silva, 81 anos, apreciava a movimentação enquanto aguardava o início dos desfiles das escolas.

Nascido em Antonina e integrante da escola Filhos da Capela, que esse ano não pode desfilar por falta de recursos, ele conta que participa dos carnavais antoninenses desde que se conhece por gente e minimiza as limitações naturais da idade. "Sempre desfilei. Só esse ano que não deu para a escola sair", diz, levemente desdenhoso.

Na contramão de seu Azonil, Natan Ribeiro Dias, 18 anos, preparava-se para o terceiro desfile da noite, pela Escola de Samba do Batel. Na noite anterior, sábado (14), ele já havia desfilado com todos os cinco blocos folclóricos que se apresentaram na avenida.

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