A declaração da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre a desistência do governo federal de conceder à iniciativa privada sete trechos de estradas federais e que o próprio governo administraria os pedágios, pegou muita gente de surpresa em Brasília. A declaração foi dada pela ministra nesta terça-feira após uma série de reuniões com o governador do Paraná Roberto Requião (PMDB). Dentre os sete trechos que teriam licitação suspensa, três passam pelo Paraná.
O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, está reunido desde o início da manhã desta quarta-feira com assessores em seu gabinete de Brasília preparando uma declaração oficial sobre o assunto.
A assessoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que o órgão não vai se pronunciar sobre a declaração da ministra. "Fizemos a nossa parte. Em 2005, a pedido do presidente Lula, iniciamos um estudo para a licitação dos trechos. Como o anúncio foi do Palácio, não vamos comentar". A expectativa da ANTT era que o edital fosse lançado já neste mês.
A reportagem procurou a assessoria do Palácio do Planalto que informou apenas que o presidente Lula está de férias e como a declaração foi dada pela ministra-chefe da Casa Civil, caberia à Dilma comentá-la. A assessoria não soube informar se Lula sabia que a ministra daria esta notícia no Paraná.
A assessoria da Casa Civil informou que está tentando contato com Dilma Rousseff por telefone e que não iria se pronunciar até que o contato com a ministra fosse feito.
No site oficial do governo federal não há qualquer menção sobre a declaração dada pela ministra.
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