A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide nesta terça-feira (4) se proíbe ou não o uso dos remédios para emagrecer no país.
A expectativa é pelo banimento dos medicamentos à base de anfetaminas, entre eles a anfepramona, o femproporex e o mazindol. Quanto à sibutramina, muita usada para a perda de peso, não há consenso dentro da agência reguladora.
Nas mais de 700 páginas do último relatório sobre o tema, a equipe técnica da Anvisa defende o uso da sibutramina com restrições. A recomendação é para que o medicamento seja indicado para o tratamento de pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 30% e que não sofram de problemas cardíacos.
Já a Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), órgão que assessora a Anvisa, propõe o veto ao remédio sob o argumento de que oferece mais riscos que benefícios à saúde.
A proposta original da Anvisa, divulgada em fevereiro deste ano, previa banir os inibidores de apetite, compostos por anfetaminas e sibutramina, do mercado brasileiro. A principal alegação era a de que estudos internacionais mostram que os remédios aumentam os riscos de problemas cardiovasculares e do sistema nervoso central. Vários países, como os Estados Unidos e alguns europeus, já deixaram de usar esses remédios.
Entidades médicas reagiram à proposta. Para o Conselho Federal de Medicina (CFM), por exemplo, a proibição dos medicamentos reduz as possibilidades de tratamento de pacientes obesos. O CFM defende que a Anvisa torne mais rigorosas a prescrição e a venda desse tipo de medicamento, mas que não venha a bani-lo do mercado.
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