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Anvisa define preço da vacina contra a dengue; Paraná terá imunização

 | Raul Santana/Fiocruz Imagens
(Foto: Raul Santana/Fiocruz Imagens)

A primeira vacina contra a dengue comercializada no mundo vai chegar ao Paraná. A imunização será alvo de uma campanha prevista para ser lançada nesta terça-feira (26) pelo governo do estado. O Executivo declarou na semana passada que comprou 500 mil doses do produto – mesmo antes de o imunizante ter seu preço final definido por órgãos competentes, o que só ocorreu nesta segunda-feira (25).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta segunda os valores da vacina para prevenção da dengue no Brasil. Segundo a agência, cada dose vai custar entre R$ 132,76 e R$ 138,53, no máximo.

No Paraná, a Anvisa definiu que a dose deve ter o valor máximo de R$ 134,63. Mas isso não significa que esse será o valor pago pelo governo, já que a compra em grande quantidade pode ocasionar um custo mais baixo aos cofres públicos. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não informou ainda quanto custou a aquisição das doses.

Segundo o governo, o orçamento da compra das vacinas já está definido, e o valor, bloqueado. Conforme a assessoria de imprensa da Sesa, todos os detalhes da negociação entre o governo do Paraná e o laboratório francês Sanofi Pasteur, responsável pela produção das vacinas, serão divulgados durante o lançamento da campanha, que será feito em Paranaguá, cidade do Litoral que registrou mais de 15 mil casos de dengue de agosto de 2015 até agora.

A Dengvaxia®, nome comercial da vacina, teve o registro liberado no Brasil pela Anvisa no fim do ano passado. O país foi o terceiro do mundo a registrar a substância, que protege contra os quatro sorotipos da dengue.

Antes daqui, México e Filipinas já haviam aprovado a eficácia e liberado o imunizante, que foi produzido após o desenvolvimento de mais de 20 estudos, com testes aplicados em 40 mil participantes, entre crianças, adolescentes e adultos, em 15 países diferentes.

Segundo o laboratório, a vacina apresentou 66% de eficácia geral, o que, para a infectologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Marta Fragoso, é uma taxa adequada.

“Ela previne a doença e consegue evitar consequências bastante graves no sentido não só da mortalidade, mas da morbidade. É uma excelente taxa de resposta clínica”, afirma a médica.

Ela explica que, apesar de a vacina surgir como uma grande aliada no combate aos desenfreados casos de dengue no país, a saúde pública não deve sentir os efeitos do imunizante tão rapidamente, mas sim a longo prazo. O tratamento com a vacina exige a aplicação de três doses, com um intervalo de seis meses entre cada uma delas.

Outros números dos testes realizados pela Sanofi Pasteur mostram que a vacina reduz em 80% a quantidade de hospitalizações e em 93% os casos das formas graves da doença.

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