O uso do produto químico glutaraldeído para desinfetar materiais utilizados em laparoscopias (intervenções feitas por meio de pequenos orifícios na pele) e cirurgias plásticas deverá ser proibido no País, concluíram especialistas reunidos em Brasília. O grupo, convocado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), debateu na quarta-feira (10) ações para prevenir a epidemia de infecções hospitalares por micobactérias de crescimento rápido, que fez pelo menos 2.122 vítimas no País, além de medidas para melhorar o tratamento.
Segundo especialistas, houve consenso de que o uso do produto não deverá mais ser permitido antes de determinadas cirurgias por causa de sua ineficácia. A forma como será feita a restrição no entanto, ainda terá de ser debatida pela área jurídica da agência e aprovada por sua diretoria.
A Anvisa já vinha recomendando que o glutaraldeído fosse substituído por outros métodos nos hospitais, mas recentemente uma resolução deu prazo de um ano para que fabricantes demonstrassem se o produto funciona contra as micobactérias, o que foi questionado pelos especialistas ao longo do encontro. A Anvisa ainda não quis se manifestar sobre a reunião.
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