A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do governo federal responsável por fiscalizar a venda de medicamentos no país, informou nesta quinta-feira (26) que vai investigar a origem do abortivo Cytotec obtido pela reportagem do portal G1 por meio da internet. O remédio é proibido no Brasil desde 1998.
Na quarta (25), o G1 publicou reportagem sobre a facilidade de comprar o medicamento, cuja venda, desde 1998, só é permitida para hospitais. A reportagem localizou o produto por meio do Orkut e fez contato com a vendedora pelo MSN. O Cytotec é um dos nomes comerciais do misoprostol, uma substância abortiva. Nos hospitais, serve para induzir o parto em mulheres com dificuldades para ter dilatação e para expulsar fetos presos no útero após abortos naturais.
Atualmente, uma única empresa brasileira detém autorização do governo federal para fabricar e comercializar o misoprostol. Segundo médicos, o uso do misoprostol sem supervisão médica pode levar à morte de quem consome, uma vez que pode provocar forte hemorragia.
O chefe de inteligência da Anvisa, Adilson Batista Bezerra, informou ao G1 que está no Pará, mas que dará andamento à investigação assim que voltar a Brasília, na segunda-feira (30). O material foi entregue pela reportagem à Coordenação de Portos e Aeroportos da agência em São Paulo na terça (24). "Na segunda-feira vou analisar tudo e entrar em contato com a Polícia Federal para verificar o caso", informou Adilson Bezerra.
Segundo o chefe de inteligência, a primeira ação será tentar localizar as pessoas envolvidas. "Não será preciso analisar se o medicamento é verdadeiro primeiro porque de qualquer forma é crime."
Bezerra avalia que o medicamento seja verdadeiro porque o custo dele é baixo no exterior e não compensaria falsificá-lo. "É um medicamento de baixo custo, e as falsificações que temos encontrado são de remédios de alto custo. É um produto barato em seus países de origem e que entram com baixo custo. Em mais de 59 operações, não apreendemos nenhum Cytotec falso, sempre Cytotec de verdade."
A Pfizer, indústria responsável pela fabricação do medicamento Cytotec, comprado pela reportagem, disse ao G1 que, pelas imagens, não é possível saber se o medicamento é verdadeiro sendo necessária uma análise pelas entidades regulatórias do setor.
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