Só cinco anos depois de os primeiros casos de infecção por micobactérias terem sido registrados é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resolveu estudar novas regras para reduzir o risco de contaminação por instrumentos usados em cirurgias. A idéia é exigir um número mínimo de equipamentos para cada instituição, o que ajudaria a garantir que os instrumentos ficassem o tempo necessário nos processos de desinfecção,

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Desde que os primeiros casos foram registrados, já havia fortes suspeitas de que as contaminações fossem provocadas por falhas de desinfecção de materiais usados em laparoscopias, atroscopias e lipoaspiração. Mesmo assim, neste período, a Anvisa restringiu sua ação à realização de pesquisas, palestras para médicos, divulgação de comunicados. Ações de vigilância foram concentradas em áreas onde o número de infecções era mais alto.

Os primeiros casos da infecção por micobactéria foram registrados em São Paulo, pouco depois, no Pará. A explosão do número de casos, no entanto, ocorreu no Rio, onde o hospital Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, registrou mais de mil casos e teve até de interromper o atendimento. Agora, novos casos são registrados em Minas e Espírito Santo. As conseqüências da infecção são graves e o tratamento, feito com antibióticos, é caro.

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"Os ajustes vão sendo feitos de acordo com o tempo, de acordo com o amadurecimento", justificou a diretora adjunta da Anvisa, Beatriz Mac Dowell. Até agora, mais de 1.900 casos de contaminação foram confirmados. Muitos pacientes tiveram de ser submetidos a cirurgias reparadoras. Até agora, o Ministério da Saúde gastou mais de US$ 1,8 milhão para custear remédios usados pelos pacientes.