A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou ontem a proibição da venda e fabricação de mamadeiras que contenham BPA (bisfenol-A) em todo o Brasil. A decisão é baseada em estudos recentes que apontam riscos decorrentes da exposição ao BPA. O debate sobre os possíveis danos causados pela substância já acontece internacionalmente há anos.
De acordo com a Vigilância Sanitária, apesar de não haver resultados conclusivos sobre o risco da substância, a proibição atende ao princípio da precaução e busca proteger crianças de zero a 12 meses.
O bisfenol-A está presente no policarbonato, uma substância utilizada na fabricação de mamadeiras e no revestimento interno de latas de bebidas e alimentos. Pode provocar puberdade precoce, câncer, alterações no sistema reprodutivo e no desenvolvimento hormonal, infertilidade, aborto e obesidade, de acordo com pesquisas.
A resolução, porém, deixa de fora outros utensílios de plástico usados por crianças pequenas, como copos, pratos e colheres. Também não foram incluídas as latas de leite em pó, cujo revestimento interno também tem BPA. "Nenhum país adotou a proibição para latas, pois ainda não existe um substituto para o verniz usado em seu revestimento", explica Denise Resende, gerente-geral de alimentos da Anvisa.
Eliminação
A Anvisa levou em consideração o fato de o sistema de eliminação do BPA pelo corpo humano não ser tão desenvolvido em crianças até um ano de idade. Os fabricantes e importadores terão 90 dias para cumprir a determinação, a partir da publicação no Diário Oficial da União. A substância já foi proibida na União Europeia, no Canadá, na China, na Malásia e na Costa Rica, além de 11 estados norte-americanos.
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