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Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta sexta-feira (8) a suspensão das propagandas dos produtos Miracle, comercializado em cápsulas, e Aura Shine, vendido em composto de gel. Os dois produtos prometem desde regularizar a vida sexual de homens e mulheres até firmar seios e acabar com rugas. Segundo a assessoria de imprensa da Anvisa, os produtos não podem ser vendidos porque não têm registro do Ministério da Saúde, além das peças publicitárias terem um número excessivo de alegações terapêuticas.

No parecer para suspender a propaganda, a Anvisa argumentou não ser possível atribuir tantas propriedades aos produtos. A propaganda também é enganosa porque diz que os produtos são certificados pelo Ministério da Saúde, o que não é verdade. Distribuídos pela empresa Towaki Internacional, Comércio e Representações, o Miracle e o Aura Shine são vendidos a R$ 159 cada. De acordo com a publicidade, o Miracle tem como principal elemento ativo a Pueraria Mirifica, sendo "consumido e pesquisado há mais de 280 anos na Tailândia e aprovado por mais de 5 ministérios de Saúde ao redor do mundo".

"A Pueraria Mirifica ajudará a regularizar todo o sistema sexual da mulher e no homem, tem efeitos diferentes, fortalecendo os cabelos desde suas raízes, além de promover a restauração de rugas e manchas de idade, e muitos outros benefícios", afirma a propaganda do Miracle, na internet. Já o gel Aura Shine promete ajudar "a promover uma restauração celular em seu rosto e a diminuição drástica de rugas e manchas, ajudando a deixar mais radiante e jovial".

A Anvisa também suspendeu as propagandas do analgésico Mirador, fabricado pela DM Indústria Farmacêutica Ltda, e do chá de amora Miura, fabricado pela Comercial de Alimentos Meninos do Campo. A Anvisa alegou que as peças publicitárias do Mirador podem induzir o consumo a erro, uma vez que utiliza expressões enfáticas como "muito bom" ou "medicamento forte". Além disso, a Agência observou que o slogan "Mirador é o Pelé dos comprimidos", "ao criar uma analogia com o desempenho profissional do jogador, realiza uma comparação indireta do analgésico com outros medicamentos da mesma classe terapêutica, o que é vedado pela legislação".

Para suspender a propaganda do chá de amora Miura, a Anvisa observou que "as peças publicitárias fazem alegações terapêuticas ao controle de doenças como diabetes e obesidade e à imunização contra câncer". Além disso, segundo a Agência, o produto não se encaixa na categoria dos chás dispensados de registro e, portanto, não pode alegar propriedades terapêuticas próprias de medicamentos.

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