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Regulação das redes sociais

Ao defender PL da Censura, Felipe Neto chama Lira de “excrementíssimo”

Participação do influenciador Felipe Neto no seminário da Câmara que debateu a Regulação de Plataformas Digitais. (Foto: Claudio Reis/Câmara dos Deputados)

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Ao participar de um seminário sobre a regulação das redes sociais, na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (23), o influenciador digital e youtuber Lulista Felipe Neto cobrou a aprovação do PL das "fake news" - também conhecido como PL da Censura - e fez duras críticas ao presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP).

De acordo com o Felipe Neto, o projeto em discussão no Congresso, mas que foi arquivado por falta de consenso, não tem relação com "censura". Ele disse que essa "narrativa" foi criada pela extrema-direita como uma forma de barrar a votação da proposta.

"É preciso fazer com que o povo esteja do nosso lado. Eles continuam acreditando na censura. É preciso que a gente fale mais, como o Marco Civil da Internet brilhantemente fez. E é possível que a gente altere a percepção de um projeto de lei 2630, que, infelizmente foi triturado pelo excrementíssimo Arthur Lira”, afirmou Felipe Neto.

O influenciador ainda afirmou que o grupo o qual ele representa - a esquerda - tem perdido no "campo da comunicação digital" para a extrema-direita.

"A extrema-direita nada de braçada através de fake news, mentira e assassinato de reputação, enquanto nós nadamos tentando mostrar a verdade e fazer com que as pessoas leiam mais e se informem mais, o que é um caminho mais difícil", declarou.

Ele também declarou que o debate público sobre o assunto vem se perdendo ao usar as palavras ‘regulamentação’ e ‘regulação’, por estar sendo associado à censura. "Não torçam o nariz para isso, não estou dizendo que é errado usar essas palavras, mas estou dizendo que estamos perdendo o debate público”, afirmou Felipe Neto.

Neto defendeu a necessidade de criar novos termos assim como o Marco Civil da Internet ou o LGPD para ganhar a confiança do povo novamente. "Que a gente possa eliminar os termos que foram demonizados pela extrema-direita e utilizar termos que a população que se sinta mais à vontade. E entenda que acima de tudo não é pra controlar ou censurar, muito pelo contrário, é para garantir a liberdade de expressão, principalmente na transparência das redes sociais", disse.

Criticado pela mudança abrupta de posicionamento sobre a esquerda e o presidente Lula (PT), Felipe Neto integra um grupo de trabalho montado pelo Ministério dos Direitos Humanos para combater “o discurso de ódio e o extremismo”. Em março deste ano, ele defendeu o controle das redes sociais como forma de derrotar o que chamou de “extrema-direita”.

A assessoria do presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que ele não irá se pronunciar sobre o comentário do influenciador.

No dia 9 de abril, Lira afirmou que o PL das Fake News não será votado na Câmara, por falta de consenso e por isso decidiu arquivar a proposta. Porém, ele ressaltou a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para discutir um novo texto sobre a regulação das redes sociais.

O tema voltou ao debate público após as críticas de Elon Musk, dono do X, antigo Twitter, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De um lado, governistas defendem a necessidade de votar a regulação das redes sociais e afirmam que as declarações de Musk representariam algum tipo de risco à democracia brasileira. Já a oposição endossa as críticas do empresário, mas aponta uma série de problemas na redação atual do PL das Fake News.

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