Ao menos seis pessoas foram mortas e outras 17 ficaram feridas entre a noite de sábado (27) e a madrugada deste domingo (28) na região metropolitana de São Paulo. Essa já é a quarta noite seguida em que são registrados vários assassinatos na Grande São Paulo.
O primeiro crime deixou um morto e dois feridos na rua Nazir Miguel, Jardim Paulo 6º, na zona oeste de São Paulo. Dois homens passaram em um moto atirando em direção a Robson Gomes da Silva, 24, e em outros dois jovens - um de 20 e outro de 18 anos - no momento em que eles conversavam e bebiam.
Os três foram socorridos, mas Robson não resistiu e morreu no pronto-socorro. O homem de 20 anos foi atingido no braço e a outra vítima, de 18 anos, foi baleada no pé e no braço. No local, a polícia encontrou munições deflagradas de armas calibre 45 e 380. O caso foi registrado no 89º DP (Portal do Morumbi).
Por volta das 23h30, dois homens e uma mulher foram baleados por duas pessoas que passaram em uma moto na rua Vidal Negreiros. Nenhum eles morreu. O caso foi registrado no 8º DP (Brás-Belém).
Cerca de uma hora depois, hoje, Jonathan Severino da Silva, 19, morreu e duas pessoas ficaram feridas após serem baleadas na rua 55, Jardim Conquista (zona leste). As duas vitimas, uma mulher de 25 e um homem de 18 anos, informaram que estavam sentados conversando, quando um carro de cor escura se aproximou e um dos ocupantes começou a atirar.
A mulher foi atingida no calcanhar, e o rapaz nas pernas. Eles foram socorridos e levados ao Hospital São Mateus. O caso foi registrado no 49º DP (São Mateus).Ainda na região de São Mateus (zona leste), dois irmãos saíram da casa noturna Expresso Brazil, na avenida Aricanduva, e decidiram fazer um assalto, segundo a polícia. Ao tentarem surpreender o motorista de um carro estacionado próximo do local, a vítima reagiu com uma arma e atirou contra a dupla.
Um dos rapazes conseguiu fugir, mas o outro morreu no local. O autor dos disparos não foi encontrado.Na Vila Progresso (zona sul), o Corpo de Bombeiros foi chamado para atender uma ocorrência de vítima caída na rua Erva Prata e encontraram o corpo de um homem ainda não identificado. Outras seis pessoas foram baleadas na madrugada na rua Bernardo de Lima, na Vila Formosa (zona leste). Dois deles morreram.
De acordo com irmão de uma das vítimas, o grupo estava sentando na rua conversando e bebendo, quando dois homens a pé passaram e começaram a atirar sem motivo aparente. O caso foi registrado no 69º DP (Teotônio Vilela).
Na avenida Souza Castelhanos, Jardim Santa Bárbara (zona sul), um homem foi ferido a tiro por volta da 1h40. De acordo com a vítima, ele chegava na casa de um colega quando um Monza de cor escura com três pessoas dentro passou atirando. O caso foi registrado no 49º DP (São Mateus).
Cerca de 20 minutos depois, uma pessoa foi baleada na rua 21 de Abril, no Brás (centro), por criminosos que estavam em uma moto. A vítima foi levada para um hospital da região. O caso foi registrado no 8º DP (Brás-Belém).
Quatros pessoas foram baleadas na rua Conde de Sarzedas, Liberdade (centro) por volta das 3h20. Os criminosos também chegaram em moto, atirando nas vítimas. O caso também foi registrado no 8º DP (Brás-Belém).
Grande São Paulo
Em Guarulhos, suspeitos em duas motos atiraram contra uma base da Guarda Municipal. Os bandidos pararam em frente ao prédio, na Praça 4º Centenário (centro), dispararam contra os policiais e fugiram em direção à rodovia Presidente Dutra.
Os tiros atingiram as paredes do prédio, mas nenhum dos policias foi atingido. Os suspeitos conseguiram fugir.Ontem, foram registrados ao menos 11 mortes na Grande São Paulo. No dia anterior, ao menos 20 pessoas foram assassinadas (incluindo suspeitos em confrontos com a PM) em um período de cerca de 24 horas.
Violência
Dados divulgados nesta semana pela Secretaria de Segurança Pública apontaram uma explosão dos homicídios dolosos (intencionais) em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em todo o Estado o crescimento foi de 27% - na capital, quase dobrou: 96%.
O secretário de segurança, Antônio Ferreira Pinto, afirmou que a estratégia usada no combate ao crime no Estado de São Paulo não está dando errada.
"A Polícia Militar está agindo muito profissionalmente. A maior parte dos autores dos homicídios covardes foram presos vivos. Foram computados apenas 10 casos de pessoas que reagiram e acabaram morrendo. A maior interessada em saber as causas do crime é a própria polícia", disse o secretário.
Segundo Ferreira Pinto, o aumento da violência será investigado, mas não está vinculado às recentes mortes de policiais. "É muito cedo para falar em vínculo entre os suspeitos pelas mortes. Diversos crimes foram motivados por desavenças pessoais relacionadas ao tráfico", afirmou ele.
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