A pane que atingiu Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Sergipe, Piauí e Rio Grande do Norte na noite de quinta-feira (3) e início da madrugada desta sexta (4) ocorreu devido a uma falha no circuito eletrônico da subestação Luiz Gonzaga, no município de Jatobá, em Pernambuco, segundo disse, nesta sexta-feira, o diretor de operações da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, Mozart Bandeira Arnaud.
"Houve uma falha em um componente eletrônico, a cartela, que faz parte do sistema de proteção da subestação. Sem ter havido nenhum problema, por um defeito eletrônico, ele deu ordem para desligar a subestação. Isso às vezes pode acontecer, mas como a instalação era muito grande, os efeitos foram sentidos em várias regiões", afirmou. Os sistemas de três usinas foram atingidos: Xingó, Paulo Afonso e Luiz Gonzaga.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse em entrevista coletiva nesta sexta que o motivo provável foi uma falha no sistema de segurança na subeestação da usina hidrelétrica de Luiz Gonzaga (Itaparica), no interior de Pernambuco.
Segundo Lobão, haverá uma reunião na segunda-feira no Rio de Janeiro com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Chesf (subsidiária da Eletrobras que controla a hidrelétrica de Luiz Gonzaga), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e distribuidoras de energia.
O ministro afirmou ainda que falhas no sistema elétrico são comuns no mundo todo, e que no Brasil não é diferente. Ao mesmo tempo, Lobão disse que o sistema elétrico brasileiro é robusto e moderno.
"Não houve um apagão, houve uma interrupção temporária de energia", disse ele.
Segundo o presidente da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), Dilton da Conti Oliveira, a energia nas localidades atingidas foi restabelecida em cerca de três horas. Sobre as causas do incidente, ele disse que "não há nada consolidado".
A Chesf deve divulgar um comunicado oficial ainda nesta sexta, enquanto a Aneel afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está aguardando um relatório do ONS. A assessoria de imprensa da ONS, por sua vez, não foi encontrada para comentar o assunto.