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Saúde

Aparelho de última geração facilita cirurgias da coluna

Pacientes com problemas na coluna – como doenças degenerativas, artrose, hérnia de disco, fraturas, traumas e tumores - podem encontrar uma alternativa de tratamento cirúrgico de última geração, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Cajuru, em Curitiba. O hospital, administrado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), é o único na América Latina que tem um aparelho que auxilia os médicos a conduzir cirurgias mais precisas guiadas por imagens de computador tridimensionais.

"O grande beneficiado com esse tratamento é o paciente, que diminui sua permanência no hospital e tem uma recuperação mais rápida", afirma o neurocirurgião Luiz Roberto Aguiar, chefe do Serviço de Neurocirurgia do hospital. Cerca de 80 cirurgias na coluna já foram feitas no hospital, desde fevereiro, com o auxílio do navegador computadorizado para cirurgias Leibinger-Stryker. O equipamento permite uma redução do tempo de operação, diminuição no tamanho dos cortes cirúrgicos e aumento da extração de tumores. "Com o navegador temos uma precisão submilimétrica e reduzimos o trauma no paciente com uma cirurgia minimamente invasiva", explica Aguiar.

O mesmo equipamento já era usado no Cajuru, há um ano, em cirurgias de doenças na hipófise e no cérebro, como tumores, má formação vascular, cistos e hidrocefalias. O desenvolvimento de um novo software permitiu que o navegador fosse usado em operações da coluna. Segundo Aguiar, a mesma tecnologia ainda pode ser usada em diferentes áreas da medicina – entre elas, ortopedia, otorrinolaringologia e cirurgias da face. "Essa tecnologia vem no sentido de dar mais tranqüilidade aos médicos e às famílias", conta o médico João da Silva Dias, diretor de pós-graduação em Tecnologia e Saúde da PUCPR.

O navegador tem uma antena e cinco câmeras de infravermelho que reproduzem uma imagem virtual em três dimensões de referenciais fixos colocados no corpo do paciente. Isso permite ao médico, por exemplo, ter uma noção exata do tamanho de um tumor e onde ele está localizado. Aguiar afirma que, com esse avanço, agora podem ser feitas cirurgias que antes não eram realizadas pelo risco elevado a que os pacientes seriam submetidos.

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