Levantamento feito pelo Ministério da Pesca com base em questionários respondidos por 1.718 prefeituras de todo o País constatou que apenas 10,6% dos municípios (183 do total) incluem peixe na alimentação escolar. Os dados foram colhidos em 2009 pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que, entre outros temas, pesquisou a composição da merenda. Só 5,3% dos municípios (92) colocam pescados ao menos uma vez por semana no cardápio.

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A pesquisa servirá de base para as primeiras medidas de um plano nacional para ampliar a presença de pescados nas escolas. Oito municípios - Mundo Novo (MS), São José do Ribamar (MA), Palmas (TO), Itanhaém (SP), Linhares (ES), Morada Nova de Minas (MG), Gravataí (RS) e Concórdia (SC) - receberão neste semestre equipamentos para oficinas de treinamento para pescadores e merendeiras.

Uma das inspirações do ministério é um projeto desenvolvido pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) no município de Marechal Cândido Rondon. Em novembro de 2009, um grupo de alunos de 4 a 13 anos foi "apresentado" a uma novidade no almoço da escola: almôndegas de peixe com molho de tomate. O índice de aprovação variou de 57% a 80% e, ao longo de 2010, o prato foi servido em seis escolas municipais onde o cardápio semanal de proteínas alternava carne de boi, de frango, de porco, ovos e leite.

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A meta de ampliar o consumo de peixe nas escolas públicas, anunciada pela ministra da Pesca, Ideli Salvatti, esbarra na baixa produção nacional de pescados, nas dificuldades de congelamento ou refrigeração, na necessidade de eliminar as espinhas e na resistência de parte das crianças ao peixe apenas cozido ou ensopado. "Não é um processo que se faz da noite para o dia. É necessário criar condições de armazenamento, além de processar o peixe para a criança consumi-lo de forma segura", diz a ministra.