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Apenas laudo e perícia vão constatar a causa da morte de personal trainer

Somente o laudo da morte e a perícia vão constatar o que aconteceu com a personal trainer de 32 anos que caiu do 31º andar do prédio onde morava, na madrugada de sábado (12). A Polícia Civil pediu exames de dosagem alcoólica, dosagem toxicológica, além de exames de restos que ficaram embaixo da unha para perícia. O laudo deve ficar pronto em 30 dias.O edifício em que aconteceu a tragédia fica no cruzamento da Rua Visconde do Rio Branco, na esquina com Comendador Araújo, no centro de Curitiba.

A mulher era conhecida no Facebook, onde divulgava para internautas seus trabalhos como modelo fitness. No dia de sua morte, ela teria feito uma postagem na rede social anunciando que seria seu último dia de vida.

Ainda segundo a Polícia Civil, foram feitos exames de dosagem alcoólica, dosagem toxicológica, além de exames embaixo da unha para perícia. O laudo deve ficar pronto em 30 dias

O que os policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) procuram saber, é se o namorado dela, que estava no local na hora da queda, poderia ter evitado ou não o que aconteceu. Os policiais também buscam informações para descobrir se ele teria incitado que a jovem se jogasse.

De acordo com o delegado-titular da DHPP, Miguel Stadler, o homem foi ouvido e disse aos investigadores que, no dia da queda, a mulher tentou se jogar do prédio outras duas vezes. Ele conseguiu evitar que ela pulasse e, em um momento de distração, na terceira tentativa, ela conseguiu se jogar pela janela.

A mulher estaria em depressão profunda e teria dado indícios disso a algumas pessoas próximas, inclusive ao namorado, que também seria médico e a tratava. Uma semana antes, ela teria tomado vários comprimidos e tentado se matar. No dia, foi preciso que policiais militares entrassem no apartamento e arrombassem a porta do quarto dela. O namorado tinha conhecimento disso.

Os policiais conseguiram confirmar o histórico de discussões e agressões, que viriam por parte do namorado. Conforme informou a DHPP, a mulher teria pedido ajuda a muitas pessoas, mas ao mesmo tempo recuava e continuava com o rapaz.

Nenhum boletim de ocorrência foi feito contra o namorado. Apesar disso, alguns amigos da mulher teriam dito que ela mudou o comportamento depois de conhecer o rapaz e vizinhos teriam dito aos policiais que, no dia da queda, ouviram gritos vindos do apartamento.

Para descobrir se o namorado teve alguma participação no que aconteceu ou não, a polícia pediu uma série de exames e perícias. O Instituto de Identificação coletou digital na janela de onde a mulher teria caído e a análise terá papel importante no resultado final das investigações.

Imagens das câmeras de segurança do prédio também foram pedidas e serão analisadas. A postagem no Facebook, que teria sido feita pela mulher momentos antes de a queda acontecer, também está sendo analisada. Isso porque outras postagens desapareceram da página dela e a polícia quer descobrir quem realmente colocou o texto na internet.

De acordo com o delegado, os investigadores estão coletando o máximo de informações, devem ouvir mais pessoas e, se for necessário, até o namorado será ouvido novamente. Caberá à Justiça definir se ele teve culpa ou não no que aconteceu, mesmo que seja em ter incitado que ela se jogasse da janela.

A cremação do corpo da personal estava programada para sábado (12), mas não foi feita. O delegado disse que o corpo da mulher deve ser cremado nos próximos dias, pois todos os exames necessários foram solicitados e já foram feitos. Detalhes do trabalho de investigação podem ser divulgados nos próximos dias.

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