É lei. Os reservatórios das usinas hidrelétricas devem ter preservada uma faixa de cem metros no seu entorno. Mas não é isso que se observa nas margens dos reservatórios das usinas instaladas no Rio Iguaçu. É comum a ocupação dessas áreas por plantações, animais e casas.

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José Hélio Mecca, um dos coordenadores do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), lembra que a preservação dos cem metros já era uma exigência desde 1965, mas que só em 2002 houve a regulamentação da lei. "Se há moradores, as famílias devem ser indenizadas e reassentadas", defende.

Gilmar Schwanka, assessor da Diretoria de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações da Companhia Paranaense de Energia(Copel), afirma que as três usinas da empresa no Rio Iguaçu foram construídas entre 1975 e 1998, ou seja, antes da regulamentação da lei. Ele conta que a Copel está tentando administrar essa questão já que há agricultores instalados perto dos reservatórios.

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Segundo Schwanka, estão sendo movidas ações na Justiça contra quem está ocupando os 30 metros iniciais das margens dos reservatórios. Já aqueles que implementaram alguma atividade na faixa a partir dos 30 até os cem metros, serão procurados pela Copel. O assessor afirma que a empresa vai propor que eles deixem de usar esse pedaço da sua propriedade e, em troca, a Copel vai bancar o custo da construção da cerca e do reflorestamento da área.

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