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Mesmo após ter sido sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a lei que autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com tumores malignos, a forma de obtê-la permanece uma incógnita. Depois que a USP recebeu aval do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para interromper o fornecimento da substância, os apelos judiciais à universidade para que envie mais pílulas não estão sendo atendidos.

Para quem espera receber as cápsulas, a interrupção significa que o meio mais seguro de obtê-las, o judicial, não tem mais dado resultados. Advogados que antes endereçavam os processos ao laboratório do Instituto de Química em São Carlos aguardam a definição das instituições que irão fabricar a substância. A expectativa é de que o laboratório PDT Pharma, de Cravinhos (SP), a produza, e a Fundação para o Remédio Popular (Furp) a distribua para testes clínicos – mas não à população em geral.

Entidades médicas e de saúde, como a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), opõem-se a que a fosfoetanolamina esteja acessível antes de ficar comprovada sua eficácia.

“Pessoas desesperadas tomam decisões ruins. E o que os criadores dessa pílula vêm fazendo é alimentar esses pacientes e suas famílias com uma ‘solução mágica’, colocando nas mãos deles uma substância não reconhecida como medicamento e sobre a qual pouco se sabe”, garante o médico Gustavo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

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