Unicamp retoma uso obrigatório de máscara em ambientes fechados| Foto: Antoninho Perri/Antonio Scarpinetti/ Unicamp
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A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) retomou o uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados, apesar da publicação de novas pesquisas que contestam a eficácia da medida. A nova diretriz começa a vigorar a partir desta sexta-feira (11). Os estudantes e colaboradores da instituição devem utilizar máscara cirúrgica ou do tipo PFF2 em toda a área da saúde e em ambientes fechados, como sala de aula, biblioteca, laboratórios e ônibus fretados.

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Segundo a instituição, o Comitê Científico de Contingenciamento do Coronavírus da Unicamp, que monitora a evolução da doença, verificou um aumento no número de diagnósticos positivos e de pessoas com sintomas respiratórios. Por conta disso, a universidade decidiu retornar com o uso obrigatório de máscaras.

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Além disso, de acordo com a nota da Unicamp, a recomendação é que refeições nos restaurantes universitários e cantinas sejam mais rápidas, “com o mínimo de diálogo possível entre os frequentadores”. Aglomerações, como festas e eventos grandes, também devem ser evitados.

A instituição também exige a imunização completa dos estudantes e servidores públicos. Dessa forma, quem não está vacinado contra a Covid-19, não pode entrar nas salas de aula, laboratórios, bibliotecas e demais espaços fechados. Os atestados médicos são avaliados pelo Centro de Saúde da Comunidade (CECOM) da Unicamp. Essa exigência já acontece há mais tempo e foi relembrada, em nota, pela universidade.

Pesquisas questionam tanto a eficácia das máscaras para a redução da transmissão do vírus da Covid-19 como da dose de reforço da vacina. Um estudo da revista científica Trials, pertencente ao grupo Springer Nature, publicou um artigo que reanalisou o mais rigoroso estudo já feito a respeito da eficácia das máscaras para barrar ou diminuir a transmissão. A reanálise concluiu que não se se pode afirmar que o uso de máscaras teve um efeito significativo, ao contrário do que se concluiu no estudo original.

Outra pesquisa na Dinamarca, que envolveu quase cinco mil pessoas, mostrou que não houve diferença entre usuários e não usuários das máscaras. Por outro lado, novo estudo mostra que o reforço ou a terceira dose em alguns casos pode deixar os inoculados mais vulneráveis à reinfecção com Covid do que mais protegidos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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