Apesar do risco de um surto de meningite C em Ouro Branco (MG), a Secretaria de Estado da Saúde de Minas ainda não concluiu os exames realizados em 17 trabalhadores internados no município com sintomas da doença. Um operário terceirizado que trabalhava em uma obra de expansão da usina da Gerdau Açominas na cidade morreu vítima de meningite C - o tipo mais perigoso - na última sexta-feira e um colega dele também já teve a doença confirmada. Os exames são realizados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), ligada à Secretaria, que pode divulgar os resultados amanhã.

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Em agosto, duas pessoas já haviam morrido em Ouro Branco vítimas de meningite C. O secretário municipal de Saúde, Heraldo Belini, afirmou que os 1,2 mil operários que dividiam os alojamentos com o trabalhador que morreu foram medicados com antibióticos e que não há mais risco de transmissão da doença. Mesmo assim, cidades vizinhas como Barbacena e Conselheiro Lafaiete estudam criar uma barreira sanitária para evitar que a doença se alastre. Uma das medidas em estudo é a avaliação de trabalhadores recrutados fora da região antes deles assumirem os postos, para evitar que cheguem à cidade com a doença. A Bahia registrou surto de meningite C em setembro, com três mortes.

O Estado foi um dos fornecedores de mão de obra para os trabalhos na usina da Gerdau em Ouro Branco. Além da Bahia, a Paranasa Engenharia e Comércio também buscou trabalhadores em cidades Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco e Teresina. Após a morte do operário e da internação dos colegas, 400 trabalhadores resolveram pedir demissão da obra até hoje.

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Segundo a assessoria da Paranasa, a empresa optou por demitir aqueles que querem deixar a obra e vai fazer todos os acertos rescisórios com os trabalhadores que, de acordo com a assessoria terão alimentação e transporte de volta para suas cidades de origem custeados pela Paranasa. Parte deles já deixou Ouro Branco.