São Paulo, Brasília e Curitiba Os passageiros ainda encontravam atrasos nos aeroportos ontem, como reflexos da paralisação dos controladores de tráfego aéreo, ocorrida na noite da última sexta-feira. Balanço divulgado pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) mostra que a espera com mais de uma hora atingiu, da 0h às 18h20, 230 dos 1.127 vôos programados 20,4% do total. O número de vôos cancelados ficou em 18, o equivalente a 1,6%.
Apesar dos atrasos e das filas persistirem, a situação era de aparente tranqüilidade nos terminais, embora passageiros ainda reclamassem da falta de informações. A situação mais complicada era a do aeroporto Juscelino Kubitschek de Brasília, onde 60 vôos estavam programados, mas 19 encontram-se com atrasos superiores a uma hora, o que representava 31% do total, e um foi cancelado.
O Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais (na Grande Curitiba), registrou ontem, das 6 horas às 18 horas, sete vôos cancelados, entre os 87 previstos para o dia.
Dezoito vôos tiveram atraso acima de uma hora a média de espera foi de 1 hora e 27 minutos e outros 27 tiveram atraso entre 15 minutos e uma hora.
Em Congonhas, a situação se normalizou com maior rapidez. Dos 32 aviões previstos para decolarem ontem, apenas quatro encontram-se em situação de atraso e outros quatro foram cancelados. Já o aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos, registrava atrasos em 26,8% dos vôos 34, de 127 programados e quatro decolagens foram canceladas.
No aeroporto internacional do Galeão a situação era de relativa calma. Dos 85 vôos programados, 15 encontram-se atrasados (17 6%) e um foi cancelado.
No sábado, dia mais prejudicado pela nova crise do setor, os atrasos atingiram, durante todo o dia, 29,5% dos 1.590 vôos. Na sexta, mesmo com o motim dos controladores, o índice diário de espera ficou em 20,2% dos 1.892 vôos, de acordo com a estatal. Nos dois dias, houve confusão nos terminais e muitos passageiros dormiram nos aeroportos.
Com a paralisação dos controladores, decolagens foram suspensas na maior parte do país, o que lotou aeroportos. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estima que mais de 18 mil pessoas tiveram os embarques prejudicados em todo o país.