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 | Bruno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo
| Foto: Bruno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Cerca de 20 manifestantes colocaram fogo em pneus e entulho na Avenida Comendador Franco, na altura do prédio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em frente à Vila Torres, em Curitiba, na noite desta segunda-feira (13). Eles protestam contra a violência na região e pela morte de um adolescente na última sexta-feira (10). O protesto terminou por volta das 20h10, quando o Corpo de Bombeiros apagou o incêndio no entulho.

Veja fotos da manifestação na Avenida das Torres

O trânsito ficou bloqueado nos dois sentidos da via. Leitores da Gazeta do Povo reclamaram de congestionamentos na região próxima à Linha Verde. Longas filas se formaram no entorno e os motoristas que precisaram passar pelo trecho necessitaram de paciência.

A manifestação foi pacífica, mas houve um princípio de tumulto quando três motociclistas conseguiram furar o bloqueio montado por moradores na pista sentido São José dos Pinhais. Alguns manifestante utilizaram pedras na tentativa de impedir os motociclistas de passarem pela via. Com isso, algumas pedras atingiram ônibus que estavam na pista contrária. O policiamento foi reforçado e a situação controlada na sequência.

Por volta das 20 horas, os manifestantes liberaram uma das faixas sentido Curitiba-São José dos Pinhais e to trânsito foi completamente liberado cerca de 10 min depois. A Polícia Militar organiza o trânsito no local, também no sentido São José dos Pinhais-Curitiba.

Adolescente morto

De acordo com Josiane dos Santos, irmã do adolescente morto e que encabeçava o protesto, os moradores estão cansados da falta de segurança e querem mais policiamento na Vila Torres. "A gente quer Justiça porque mataram meu irmão na sexta-feira. Ele é um inocente, nunca matou ninguém, nunca fez mal a ninguém. Ele era um trabalhador. Fizeram uma família sofrer. Essas pessoas [que mataram o garoto] tem que pagar]", diz a moradora.

Josiane reclama que a insegurança é grande na região. O policiamento é precário, na avaliação da moradora. Em negociação com os policiais no local do protesto, os manifestante pediram a ativação de um módulo policial na Vila Torres para melhorar a segurança.

Mais um protesto está marcado para o sábado (18) no mesmo local. A manifestação está marcada para o período da tarde. O trajeto a ser percorrido pelos manifestantes ainda não foi definido.

Reclamação

Os motoristas reclamaram do bloqueio. O mecânico de aeronaves Jefferson Venâncio, morador do bairro Jardim das Américas, estava no início da fila, sem entender o motivo da manifestação. Ele estava com a família no carro. "Estamos indo para casa sem entender o que está acontecendo. Mas se todos forem protestar desse jeito fica difícil", reclama.

Moradora do bairro Uberaba, a auxiliar administrativo Kátia Gonçalves também ficou sem saída na fila de carros. "Trabalhei o dia todo, estou cansada. Eles [os manifestantes] tem o direito deles, mas também temos o direito de ir para casa. Poderiam ter feito o protesto em outro horário", diz.

Manifestação bloqueia Avenida das Torres

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