Após vários dias em alta, o nível do sistema Cantareira ficou estável nesta sexta-feira (27) pela primeira vez desde o dia 5 de fevereiro. O reservatório opera com 11,1% de sua capacidade, mesmo índice registrado na quinta-feira (26).

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De acordo com dados da Sabesp, as chuvas que têm atingido a capital não tem sido tão fortes na região do manancial. Apesar disso, o mês de fevereiro fecha com índices históricos. Até agora, choveu 293 mm quando a média histórica o mês é de 199,1 mm.

O Cantareira abastece 6,2 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

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Desde julho de 2014, em meio à grave crise hídrica, o governo paulista utilizou duas reservas do fundo da represa, conhecidas como volume morto. Esse volume, no Cantareira espalhado em três diferentes represas, é a porção que fica abaixo das tubulações que captam água. E, para ser utilizada, precisa ser bombeada.

A segunda cota do volume morto, de 105 bilhões de litros, começou a ser usada em novembro. Na terça-feira (24), quando o sistema atingiu 10,7% de sua capacidade, o equivalente a ela foi recuperado. Já a primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões, talvez somente possa ser recuperada em um ou dois anos. Isso ocorrerá quando o nível do manancial atingir 29,2%.

A utilização do volume morto, segundo especialistas, pode ser comparada ao uso do cheque especial. Ambientalistas também apontam alguns riscos, como o de extinção de uma reserva técnica do manancial, por exemplo.

OUTROS RESERVATÓRIOS

Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, opera com 18,3% de sua capacidade, o mesmo índice registrado nos últimos cinco dias.

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O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

O nível da represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, avançou 0,3 ponto percentual e opera com 60,1% de sua capacidade.

O reservatório Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, caiu 0,1 ponto percentual e opera agora com 83,1%. Já o reservatório Rio Claro, que também atende 1,5 milhão de pessoas, avançou 0,1 percentual. O sistema opera com 35,8%

O sistema Alto Cotia também teve melhora passando de 37,7% para 38,6%. O reservatório fornece água para 400 mil pessoas.

A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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