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Logo após o roubo, os militares montaram barreiras e revistaram veículos em busca do fuzil | Fabio Conterno
Logo após o roubo, os militares montaram barreiras e revistaram veículos em busca do fuzil| Foto: Fabio Conterno

Pirassununga

Ladrões furtam munição pesada em quartel de SP

O paiol onde são guardadas as munições do Exército, no quartel do 13º Regimento de Cavalaria Mecanizada, em Pirassununga (SP), foi arrombado na madrugada de domingo. Mais de 3 mil cartuchos de fuzis calibres 7.62 e 9 milímetros, munição pesada como cartuchos ponto 50 e 90 milímetros (para blindados) e granadas de boca desapareceram. A cidade está tomada por policiais e soldados, numa megaoperação. Os ladrões teriam cortado um alambrado e arrombado dois cadeados para entrar no paiol.

Três meses depois de um assalto audacioso ao 16.º Esquadrão de Cavalaria Mecanizado de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, o fuzil 7.62 levado por uma dupla de assaltantes ainda não foi localizado. Na época do roubo, a promessa era de que o Exército não sairia das ruas da cidade enquanto o armamento não fosse localizado. Não é isso, porém, o que se vê hoje: os militares voltaram para o quartel.

A 15.ª Brigada de Infantaria Motorizada afirma que o Exército não desistiu de localizar o fuzil, apenas alterou a estratégia. Agora as buscas, que incluíram revistas em casas e pessoas e até o uso de um tanque blindado, estão restritas aos serviços de inteligência da unidade.

O fuzil foi levado no dia 29 de março por dois homens que estavam em uma motocicleta. Eles simularam a intenção de pedir uma informação, mas acabaram rendendo o recruta de 18 anos que estava de plantão. Sob a mira de uma arma, ele teria sido obrigado a jogar o fuzil por cima da cerca de proteção.

Operação de guerra

Na época em que a arma foi roubada, uma verdadeira operação de guerra foi montada na cidade para tentar localizar o fuzil. Quase 300 militares realizaram abordagens durante cerca de um mês, mas a operação não teve o desfecho esperado.

O fim da operação nas ruas da cidade contradiz o que o comandante do esquadrão, major Gustavo Daniel Coutinho Nascimento, afirmou durante a operação de busca. Segundo ele, era "questão de honra" encontrar a arma e os militares só sairiam das ruas após localizar o fuzil.

De acordo com o major Paulo Henrique Gediel Rivero, chefe de Comunicação Social da brigada, o serviço de inteligência levantou vários dados sobre o possível paradeiro do fuzil, mas as informações são mantidas em sigilo. "Existe uma suspeita de quem pegou e de quem está com a arma", afirma. Segundo o oficial, a investigação tem apoio das polícias civil e federal.

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