Depois de 33 horas fechado, o pronto-socorro do Hospital Evangélico foi reaberto por volta das 18h30 desta quarta-feira (27). A reabertura foi possível depois de uma reunião entre a diretoria do hospital e a Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba (SEB), que é a mantenedora do lugar. O encontro terminou no começo da tarde, mas a equipe administrativa precisou comprar remédios dos fornecedores para viabilizar a reabertura. Não há como estimar quantos pacientes foram afetados pelo fechamento, mas a média diária de atendimento é de 250 pessoas.

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O local estava fechado desde as 9 horas de terça-feira (26) e ficou sem receber pacientes de urgência e emergência durante o período. Segundo o hospital, o problema ocorreu pela falta de repasse de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) nos meses de outubro e novembro. A assessoria de imprensa do hospital informou que a falta desse dinheiro impediu a compra de materiais e medicamentos básicos usados na unidade.

A entidade informou que não foram repassados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) – que gerencia as verbas do SUS destinados ao Evangélico e a outros hospitais – cerca de R$ 5 milhões relacionados aos dois meses em questão. Também ainda não teriam sido pagos recursos de 2012 da ordem de R$ 6 milhões, totalizando R$ 11 milhões a receber.

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Os pacientes já internados continuaram sendo atendidos normalmente. O Hospital Evangélico é uma das três instituições de Curitiba que concentram os serviços de atendimento de urgência e emergência realizados na capital pelo SUS. Os outros dois são o Hospital Cajuru e o Hospital do Trabalhador.

Outro lado

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, de janeiro a novembro, R$ 94.281.113,33 em recursos do SUS foram repassados à SEB. Esse valor se destinou ao pagamento de contratualização com o hospital, produção de serviços de alta complexidade, convênios e dívidas. Outros R$ 20,5 milhões não foram repassados diretamente, mas redirecionados ao pagamento de empréstimos bancários consignados que a SEB contraiu.

De acordo com a SMS, um montante de R$ 2 milhões deve ser pago nos próximos dias referente à parcela variável da contratualização de 2013 e a terceira parcela da dívida de 2012. A Secretaria pediu apoio ao Ministério Público para acompanhar o contrato com a Sociedade Evangélica Beneficente de modo a evitar novas interrupções no atendimento. Ela "considera inadmissível o descumprimento do contrato, sobretudo quando envolve a prestação de serviços essenciais para a população".

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