Um motim com refém foi registrado na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II) , na região metropolitana de Curitiba, nesta segunda-feira (31). Um agente carcerário foi feito refém entre 9 e 13 horas, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. O agente Fábio Augusto Martella, 47 anos, não foi ferido pelos detentos. A situação na PEP II estava normalizada por volta das 13h40.
Apesar de na penitenciária haver confirmação de motim, segundo a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos o ato estaria sendo feito por apenas três detentos que pedem transferência da unidade. A informação oficial da secretaria foi que eles exigiam ser transferidos porque estavam sendo ameaçados de morte por membros de uma facção rival.
Segundo informações do governo do estado, os três detentos foram transferidos imediatamente após o fim do motim para o Centro de Observação Criminológica e Triagem (COT), da Secretaria da Justiça. "Estamos fazendo comunicação ao juízo competente para enquadramento dos três em regime disciplinar diferenciado, devendo responder pelo ato ilícito que cometeram", disse Maurício Kuhene, diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR), em entrevista à Agência Estadual de Notícias.
Segundo informações oficiais, os presos rebelados eram reincidentes e considerados perigosos, com condenações que chegam a 30 anos.
Surpresa
De acordo com informações da PEP II, um detento surpreendeu o agente carcerário e o fez refém. Ele contou com a ajuda de dois outros presos da cela. A confusão não se espalhou para outras celas da penitenciária.
A informação inicial foi de que o agente havia sido solto por volta das 11h40 e não estava ferido. A liberação do refém deixou de ser confirmada pela penitenciária por volta do meio-dia. A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos confirmou que o agente foi solto por volta das 13 horas.
Equipes do Comando e Operações Especiais (COE) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM estiveram no local, assim como o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil.
O motim começou em uma cela da sexta galeria do bloco 3 da PEP II. Os presos e os policiais não ficaram feridos.
A liberação do refém foi negociada com os presos pela secretaria, Polícia Militar, Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por um juiz.
Os três presos foram levados para o Centro de Observação Criminológica e Triagem (COT) onde deverão ficar até esta terça-feira (1º). Na sequência eles devem ser transferidos para Londrina ou Maringá. Além das ameaças sofridas por membros de uma facção rival, os três desejavam a transferência para o interior para ficarem mais próximos às famílias.
Após o motim, foi feita uma varredura no local e todos os presos foram revistados para evitar novos motins.
Presos feitos reféns
Dois presos foram feitos reféns durante o motim além do agente carcerário -, de acordo com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM. A informação foi negada pela Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.
Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, havia outros três presos na cela - além dos três que pediam transferência, mas eles não tiveram envolvimento na ação e também não foram feitos reféns.
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