Até o mês de setembro, os proprietários de estabelecimentos comerciais instalados na Rodoferroviária de Curitiba, alguns há 40 anos no local, devem mudar. A Urbs, administradora do local, deve abrir processo de licitação dos espaços para contratar novos permissionários. A ocupação prolongada, segundo a prefeitura, vai contra a Constituição e a Lei de Licitações.
"Há até um permissionário administrando 10 espaços. Nós estamos fazendo nada mais que observar o interesse coletivo, que estava sendo sobreposto pelo privado", argumenta a diretora de Urbanização da Urbs, Denise Sella.
A renovação acompanha o processo de revitalização arquitetônica da Rodoferroviária. "Estamos fazendo algo que nunca havia sido feito de modo a dar uma cara nova a um lugar tão importante para os paranaenses", comenta Denise.
Os permissionários antigos não gostaram das mudanças e entraram com recursos, os quais, segundo a Urbs, serão julgados até o fim desta semana. Nos próximos dias, eles devem ter seus termos de permissão cassados e, por isso, terão de desocupar os estabelecimentos.
Isso não significa, no entanto, que abandonarão a rodoviária definitivamente. "Os atuais administradores terão a possibilidade de concorrer na nova licitação que abriremos até o mês que vem", explica a diretora. "Estamos correndo para fazer com que o processo licitatório aconteça no nosso prazo. Para garantir que tudo corra dentro da lei, vamos convidar o Ministério Público do Paraná (MP-PR) para participar", acrescenta.
A reportagem tentou entrar em contato com permissionários, mas, segundo funcionários dos estabelecimentos, eles não estavam disponíveis.
Obras devem terminar em abril de 2014
Os transtornos causados pelas obras na Rodoferroviária vão continuar, mas já existe uma previsão de término. Até o mês que vem, a empreiteira deve liberar a ala interestadual, para começar os trabalhos na ala estadual, os quais devem se estender até abril do ano que vem.
"Em setembro, os ônibus e passageiros começarão a operar apenas na ala interestadual, já que a estadual será interditada totalmente", adianta a diretora de Urbanização da Urbs, Denise Sella.
Ela se diz confiante com o prazo de término fixado. "Conversamos e fiscalizamos o trabalho das secretarias responsáveis pelas obras e as lembramos sempre que a população está sendo penalizada pela demora. Não há como demorar mais, já que é um compromisso fixado pelo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) da Copa", ressalta.
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