Depois de 98 atentados e 20 ações preventivas relacionadas, Santa Catarina não registrou ocorrências violentas na noite desta quarta-feira, segundo a chefe de comunicação da Polícia Militar, tenente-coronel Claudete Lehmkuhl. As operações conjuntas ocorridas em várias regiões do estado, de acordo com Claudete, explicam a diminuição no número de ataques.

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Ao todo, desde o início da onda de violência em Santa Catarina foram presas 52 pessoas e apreendidos 17 adolescentes, todos suspeitos de comandar e executar as ordens de incêndio a ônibus e alvejar com armas de fogo a casas de policiais, viaturas e unidades policiais. Além disso, o governo transferiu 20 presos suspeitos de ordenar os ataques de presídios catarinenses para a Penitenciária de Segurança Máxima de Porto Velho (RO).

Segundo Claudete, a redução no número de ocorrências acontece desde a noite de terça-feira.

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"Toda a estrutura (usada para combater os atentados) vai permanecer montada até que não haja mais registros durante dias seguidos".

Segundo a PM, o disparo de arma de fogo contra a casa de um policial na noite de terça-feira havia sido contado como ataque, mas foi desconsiderado nesta quarta-feira, após a análise da ocorrência. Além disso, um registro de incêndio de dois ônibus às 3h desta quinta-feira, em Imbituba, não foi considerado vandalismo, pois os veículos estavam fora de uso.

Depois de uma semana, o transporte coletivo retomou o funcionamento normal na noite desta quarta-feira.

Os homens da Força Nacional de Segurança Pública, enviados ao estado pelo governo federal na madrugada de sábado, começaram a trabalhar nesta quarta-feira em 10 barreiras montados nas divisas e nas fronteiras.

No acerto entre governo estadual e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, esses policiais atuarão principalmente na fiscalização de veículos que vêm de outros estados e até de outros países, para apreender drogas, armas e dinheiro. No sábado passado, o ministro Cardozo, afirmou que é preciso sufocar o crime organizado, zerando o seu poderio financeiro. Para ele, só o trabalho integrado das forças de segurança do país será capaz de debelar os grupos criminosos.

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Durante a onda de atentados foi registrada a morte de um agente penitenciário aposentado. Ele foi alvejado com tiros disparados por bandidos quando ele fechava o portão de casa.