Os moradores de Rio Branco do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, passaram a manhã desta terça-feira (23) limpando as casas e contabilizando os estragos causados pela chuva que atingiu o município e outras áreas da Grande Curitiba na segunda-feira (22). Alguns moradores tiveram que deixar suas casas e estão na residência de amigos e parentes.
No município, 2,6 mil pessoas foram atingidas pela chuva. Trinta pessoas ficaram desalojadas (foram para a casa de amigos e parentes) e outras 13 estão desabrigadas (realocadas em abrigos públicos). A prefeitura ainda contabiliza os prejuízos.
Perdas
A vendedora Elenir Fernandes teve a casa bastante prejudicada por causa dos estragos. O assoalho e as paredes ficaram comprometidos e pouco restou de móveis na residência. Ela acredita que vai ter que deixar a casa. "Perdi quase tudo. Ontem (segunda) de manhã meu irmão veio até aqui e me acordou para sair de casa. Quando eu vi a água estava alta. Só deu tempo de salvar a geladeira e o meu colchão", relata.
Ela conta agora com a ajuda de amigos e parentes para avaliar o que ainda pode ser recuperado de dentro da casa, onde ela morava com os dois filhos. A vendedora reclama, entretanto, que a ajuda da prefeitura ainda não veio até ela. A reportagem tenta contato com a prefeitura do município para saber da assistência aos moradores.
Perdas também no comércio do município. A auxiliar de serviços gerais Rachel Leonel de Faria foi até a oficina mecânica do irmão dela para ajudá-lo na limpeza. Eles foram surpreendidos com a cheia do rio que corta a cidade na manhã de segunda e não conseguiram, na manhã de ontem, chegar ao local sequer para trabalhar. Eles acreditam que perderam R$ 20 mil com os estragos causados pelo alagamento. "Ainda estamos contando. Mas muitas peças, lâmpadas de carro, ferramentas e documentos ficaram molhados". A família não mora no local.
O professor Edson Bittencourt deixou a casa às pressas por volta das 7h30 de segunda-feira, quando o rio começou a invadir a residência. Geladeira, televisor, fogão, camas ficaram debaixo dágua. "Poucas coisas sobraram. A parede e o chão do meu quarto ficaram rachados", conta. Somente por volta das 14h30 de ontem o professor pode voltar para a casa e começar a limpeza. "Limpamos o barro de dentro e temos ainda que limpar o que está do lado de fora". Por alguns dias, ele acredita que terá que ficar com a família na casa de parentes.
Veículos
O motorista João Eduardo Bittencourt perdeu ao menos dois veículos: uma Kombi, que ele havia emprestado de um tio, e um fusca. A água da enchente ainda atingiu uma caminhonete e um caminhão que ele usava para trabalhar. "A cheia maior foi às 9h. Minha casa também foi atingida e eu perdi tudo. Mas as paredes estão boas", explica.
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