• Carregando...

O comando da Segurança Pública no Estado do Rio vai repetir as blitze aos ônibus vindos do subúrbio carioca, após a série de roubos e brigas registrados em Ipanema e Copacabana neste domingo (20).

Em Ipanema, houve uma sequência de assaltos, que acabaram em arrastões, com brigas e correria na praia. Enquanto em Copacabana, grupos ainda não identificados promoveram ataques contra os ônibus com passageiros que consideravam suspeitos pelos roubos registrados na orla.

“Vamos voltar com as operações preventivas que nós vinhamos fazendo desde o final do ano passado e que deram resultados muito positivos com abordagem de ônibus”, disse José Mariano Beltrame, secretário de Segurança do Rio, nesta segunda-feira (21), em entrevista à rádio CBN.

Ele sinalizou que o policiamento menos ostensivo na fiscalização de ônibus seria a causa da série de problemas deste último fim de semana.

No início do mês, a 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso proibiu a Polícia Militar de apreender adolescentes sem que haja flagrante delito. Esta decisão foi consequência de uma blitz realizada em agosto, que terminou com a detenção de jovens e apreensão de menores em ônibus a caminho das praias da zona sul.

“A polícia que está lá na ponta é uma polícia constrangida porque se ela atua, dizem que abusou de poder, e se ela não atua, dizem que ela prevaricou”, disse Beltrame.

Em nota, a Defensoria Pública do Estado do Rio criticou “a suposta correlação” dos arrastões com o habeas corpus que impede a apreensão de crianças e adolescentes sem a comprovação de flagrante delito, concedido pela Justiça no dia 10 de setembro.

“O habeas corpus não cria uma regra, apenas assegura o cumprimento do que já estava previsto em lei. O Estatuto da Criança e do Adolescente impede a apreensão sem flagrante ou ordem judicial da autoridade competente”, afirmou a Defensoria.

A Defensoria esclareceu que a decisão da Justiça “não impede a abordagem (aos ônibus), um papel da polícia. Não há impedimento para qualquer ação preventiva, bem como de policiamento ostensivo”.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]