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Após fazer vários reféns em um prédio na Tijuca, na Zona Norte do Rio, nestedomingo (15), o grupo de criminosos sequestrou um motorista na Rua São Miguel, no mesmo bairro, para auxiliá-los na fuga. Dos cinco suspeitos, apenas um foi preso.

"Eu estava com minha namorada na Rua São Miguel, em um Siena Preto, quando elesnos abordaram. Pensei que quisessem roubar o carro, mas eles mandaram eu entrar no carro em que eles estavam e me pediram para guiá-los para longe dali. Eles não conheciam a área", disse a vítima, que preferiu não se identificar.

Segundo ele, os três criminosos estavam em um Gol verde. De acordo com a polícia, depois de fugirem do prédio que assaltaram, na Tijuca, eles roubaram uma caminhonete e logo em seguida abandonaram o veículo e roubaram o Gol verde.

"Eram três criminosos. Um dirigia o carro e outros dois estavam no banco de trás comigo. Eles ainda se vangloriavam, falavam que àquela hora tudo que eles fizeram estaria passando na TV", descreveu o motorista.

A vitima do sequestro-relâmpago teve seu celular e um colar roubados. Os criminosos o abandonaram em Benfica, na Zona Norte, e seguiram com a fuga.Ação começou na Lagoa

De acordo com a polícia, cinco criminosos teriam passado a noite em um baile funk, e ao deixarem o local foram até a Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul. Lá, eles abordaram um homem que estava estacionando o carro, e que iria fazer uma caminhada no local. Os suspeitos se dividiram e foram no carro deles e no carro da vítima para a residência do mesmo, na Rua 18 de outubro, na Tijuca.

No prédio, renderam mais algumas pessoas que estavam na portaria. O estudante de Direito, Caio Cardoso da Silveira, de 22 anos, passava pela portaria para ir com o pai até a padaria, quando foi rendido. "Ele me perguntou em que apartamento eu morava. E eu disse que era na cobertura, ele então encaminhou eu, meu pai e mais algumas pessoas rendidas na portaria até lá", explicou.

Além de Caio, a mãe dele, um irmão e um amigo estavam no apartamento, e junto com os outros reféns, foram amarrados. "Eram três criminosos na minha casa. Um deles pediu que eu amarrasse os moradores, pegamos lençóis e os amarramos. Haviam dois bebês e dois idosos, entre os reféns. Ele dizia: vou matar sua mãe na sua frente, depois vou matar você", contou a vítima.

Caio disse que um dos suspeitos recebia telefonemas durante o assalto, e que o ajudou a recolher objetos de valor que estavam em sua casa, como computadores e televisões. "Depois que eu ajudei a recolher as coisas, ele falou que a gente ia descer e fomos pela escada. Ele me feriu com uma faca de cozinha na mão e na perna e eu estava com um lençol amarrado na boca", relatou.

Ao chegar no segundo andar, Caio teria se deparado com alguns policiais que já haviam sido chamados. A partir daí, aconteceu uma perseguição e Caio conseguiu se esconder no play. O confronto entre criminosos e a polícia aconteceu na portaria do prédio, e um dos vidros do carro dos suspeitos, que estava estacionado em frente ao edifício, foi atingido.

Fuga e pânico

Após a troca de tiros com a polícia, alguns suspeitos conseguiram fugir a pé do lugar. A partir daí, eles roubaram uma caminhonete, e em seguida abandonaram o veículo. Logo a frente, roubaram um Gol verde, e na Rua São Miguel, ainda na Tijuca, sequestraram o motorista de um Siena Preto para que ele os guiasse.

Um dos criminosos, no entanto, permaneceu no prédio por cerca de cinco horas. Policiais que vasculhavam o edifício em busca de pistas dos criminosos que cometeram o crime, informaram que um dos suspeitos teria ficado escondido no elevador.

Os policiais informaram que o elevador havia sido desligado para impedir a circulação de pessoas enquanto a varredura acontecia. A PM estava no prédio desde às 11h30 da manhã.

Às 16h30, o suspeito tentou deixar o prédio, mas foi reconhecido por moradores. A partir de então, aconteceu uma intensa troca de tiros para capturá-lo. Algumas quadras à frente, o suspeito invadiu um outro prédio, sendo preso alguns minutos depois. Segundo a polícia, ele possui quatro passagens por roubo. Desta vez, foi indiciado por roubo e tentativa de homicído, já que atirou contra os policiais quando invadiu o segundo prédio para tentar fugir.

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