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Policiais militares fazem buscas desde a madrugada desta sexta-feira (4) nos arredores de Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na tentativa de capturar um grupo que assaltou um banco em Apiaí, no interior de São Paulo, no fim da noite desta quinta (3). Eles explodiram caixas eletrônicos e conseguiram fugir com o dinheiro.

Depois de escapar da polícia paulista, com quem trocaram tiros por quase uma hora, os assaltantes fugiram para o Paraná. Ao menos sete pessoas foram feitas reféns em São Paulo. No Paraná, uma ambulância foi tomada pelo grupo e outras três pessoas chegaram a ficar sob a guarda da quadrilha.

O assalto

Segundo informações da Polícia Civil de Apiaí, uma agência do Banco do Brasil foi assaltada por volta das 23h30. Homens encapuzados e fortemente armados chegaram à cidade em três carros. Eles renderam um caminhoneiro que seguia pela rodovia SP-250, que cruza Apiaí. O caminhão foi atravessado na rodovia para impedir o tráfego, e o grupo seguiu em direção ao Banco do Brasil na Rua Gabriel Ribeiro dos Santos, no centro de Apiaí. Lá, o grupo explodiu caixas eletrônicos.

Com a chegada de policiais militares, houve intensa troca de tiros. A quadrilha estava fortemente armada, portando fuzis, escopetas e metralhadoras, informou a delegacia do município paulista. O cerco durou quase uma hora, mas o grupo conseguiu escapar. A princípio, nenhum policial ficou ferido.

Durante o assalto, ao menos sete pessoas foram feitas reféns. Algumas foram colocadas no capô de uma das duas caminhonetes utilizadas pela quadrilha durante a fuga. Além das caminhonetes, o grupo usou um veículo de passeio.

Alguns reféns foram liberados em Ribeira (SP), na fronteira com Adrianópolis (PR). Pelo menos outros cinco foram trazidos ao Paraná, de acordo com a Polícia Militar do estado, que atua na busca pelos suspeitos na RMC.

Chegada ao Paraná

Os suspeitos chegaram ao Paraná ainda durante a madrugada, por uma estrada rural de Cerro Azul. Houve uma tentativa de abordagem, mas a quadrilha reagiu e, então, iniciou-se novo tiroteio. Nenhum policial ficou ferido e o grupo conseguiu escapar. Eles deixaram para trás um veículo onde estavam quatro pessoas feitas reféns. No carro, um modelo Ônix, de cor preta, foi encontrado, além de munição, boa parte do dinheiro roubado durante o assalto ao banco de SP. Reféns e o material recuperado foram levados para a delegacia de Cerro Azul.

De acordo com o tenente-coronel Maurício César de Moraes, que comanda o 22.º Batalhão da Polícia Militar do Paraná, após largarem o carro com os reféns, eles tomaram uma ambulância, ainda na região de Cerro Azul. O fato foi entre 8h30 e 9 horas. Tanto o veículo como os reféns foram deixados na Estrada do Marmeleiro, em Almirante Tamandaré. Entre os reféns, além de três pessoas que estavam na ambulância, havia uma pessoa que havia sido pega ainda em São Paulo. Não foram encontradas munições ou qualquer quantia em dinheiro no veículo.

“A polícia está mobilizada, rastreando as regiões de Cerro Azul, Campo Largo, Campo Magro e Almirante Tamandaré. Todas as diligências estão voltadas exatamente para a possibilidade de eles estarem ainda nesta região”, declarou o tenente, em entrevista concedida à Gazeta do Povo no início da tarde desta sexta.

Apesar de a Polícia Civil de São Paulo ter estimado em vinte o número de integrantes da quadrilha, a PM disse que ainda não há como confirmar a quantidade de pessoas que chegaram ao Paraná.

“O que nós sabemos é que é um número muito expressivo. Nem as próprias vítimas sabem precisar quantos criminosos são. O que se sabe é que todos estariam de posse de armas de fogo”, completou.

Durante toda a operação a PM apreendeu uma quantia de cordel detonante, dinamites, munições, um carregador de fuzil, emulsão de dinamite e R$ 68 mil em dinheiro. Um cerco ainda está sendo realizado na região metropolitana de Curitiba, principalmente na parte norte. Em comunicado, a PM diz que “existe a hipótese de a quadrilha ter tomado de assalto outros veículos ou ter fugido a pé se embrenhado no matagal”. Ainda não se sabe ao certo quantos são os suspeitos e nem a quantidade certa de reféns feitos pelo grupo.

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