Para o governo do Paraná, ataques são ações isoladas
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Cid Vasques, voltou a classificar como atos isolados os ataques a ônibus, como o registrado na noite deste domingo (24) em Londrina. Para ele, os atentados não seriam uma atividade do crime organizado.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (25), o secretário disse que não identifica coordenação nos ataques registrados na região nas últimas semanas. "Criminalidade organizada pressupõe um mínimo de coordenação e um mínimo de disciplina. O que estamos percebendo são ações isoladas, sem vinculação específica", afirmou.
Mesmo considerando a maioria atos como vandalismo, Vasques ressaltou que o Estado está em alerta a qualquer movimentação anormal dentro das unidades prisionais. "Todas as situações estão sendo monitoradas e acompanhadas. Evidentemente o Estado fica em alerta quando há uma movimentação anormal dentro dos presídios. Vamos continuar agindo de maneira intensa, na identificação dos autores", afirmou.
Mais um ônibus foi incendiado em Londrina. Desta vez, o caso aconteceu na noite de domingo (25), no Jardim Bandeirantes, na zona oeste do Município, com um veículo da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL).
Segundo o Corpo de Bombeiros, o coletivo, da linha 308, passava pela Rua Serra de Santana, por volta das 22 horas, quando foi parado por assaltantes. A Polícia Militar (PM) confirmou que os bandidos levaram dinheiro dos passageiros e do caixa do ônibus antes de atearem fogo.
Segundo a PM, o motorista e alguns passageiros relataram que os bandidos derramaram gasolina pelos bancos do ônibus. O combustível também teria sido jogado contra as pessoas, que correram assustadas.
Este é o sétimo caso de ônibus queimado nas regiões Norte e Noroeste do estado desde o fim de semana passado. São três veículos incendiados em Londrina, dois em Arapongas, um em Sarandi e outro em Paiçandu - estes dois últimos na região de Maringá.
Os primeiros ataques a ônibus no estado em março foram registrados em Pinhais na região de Curitiba, no dia 14. O incêndio teria começado por volta das 22h45 em seis veículos que estavam em uma garagem da empresa Expresso Azul. Havia mais um ônibus no local, mas não pegou fogo porque estava um pouco afastado dos demais. Ninguém ficou ferido.
A Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) não autorizou fotografias do ônibus queimado na noite de domingo (24).
Relembre os casos
Na primeira ocorrência, registrada em 17 de março na região norte de Londrina, três jovens entraram em um micro-ônibus como passageiros. Assim que o veículo começou a trafegar, eles deram voz de assalto ao motorista. Um dos assaltantes, aparentando ser adolescente, levou o celular do funcionário. Os quatro passageiros, além do condutor, saíram depois que os assaltantes disseram que iam atear fogo ao micro-ônibus.
Na noite do dia 20, aconteceu o segundo caso, dessa vez em Arapongas. Cinco pessoas entraram em um ônibus por volta das 21h30 e deram ordem para que o motorista e os passageiros descessem. Depois, o grupo jogou uma garrafa com gasolina dentro do veículo e ateou fogo. Ninguém ficou ferido.
O terceiro ônibus foi incendiado na manhã de 21 de março, em Londrina. Três rapazes, todos aparentando ter mais de 18 anos, entraram no coletivo no Jardim Santiago, na região norte, e mandaram o motorista e os passageiros descerem do veículo. Depois, os bandidos espalharam gasolina pelos bancos, atearam fogo e fugiram a pé. O motorista voltou para dentro do veículo e começou a apagar o fogo com o extintor de incêndio. Quando chegaram ao local, os bombeiros terminaram o combate às chamas. Ninguém ficou ferido.
No mesmo dia foram registradas duas ocorrências na região de Maringá. O primeiro ataque aconteceu na garagem da Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), no Jardim Califórnia, em Sarandi, por volta das 23 horas. O ônibus sofreu poucos danos, porque as chamas foram controladas rapidamente por funcionários.
O segundo ataque aconteceu por volta das 23h30, no trecho da PR-323 que dá acesso a Paiçandu. Segundo a PM, dois homens abordaram outro ônibus da TCCC e mandaram os cerca de 30 passageiros e o motorista descerem. Em seguida, eles espalharam gasolina nos pneus e atearam fogo.
Arapongas registrou o sexto caso no dia seguinte, 22 de março. Por volta das 21h40 o ônibus seguia pela Rua Choca Barrada, no Jardim San Rafael, quando foi parado por cinco pessoas. Eles estariam armados e mandaram o motorista e os passageiros desembarcarem. Logo após, atearam fogo no veículo. O motorista conseguiu conter as chamas. Mesmo assim, pelo menos seis bancos foram atingidos pelo fogo.
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